10 out, 2017 - 10:46
O deputado do PSD Duarte Marques defende um congresso extraordinário antes das eleições directas. Em declarações ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença, Duarte Marques lembra que no passado já foi feita uma reflexão antes de se escolher um novo líder.
“Pedro Santana Lopes, na altura, fez uma espécie de abaixo-assinado e obrigou à convocação de um congresso extraordinário precisamente para debater a parte política e a parte estratégica”, afirma.
"O PSD esteve quatro anos a governar e dois anos de oposição. São seis, quase sete anos, de Passos Coelho e o partido mais do que agir tem de parar para reflectir”, diz.
O deputado lembra ainda o passado recente, considerando que as circunstâncias obrigam a reflexão.
“Reflectir uma nova realidade política – há uma coligação de esquerda que é inédita; o PSD foi governar com a agenda da 'troika', com uma agenda que não era sua e não teve tempo para reflectir, fazer esse desmame após estes quatro anos. Há, portanto, uma nova realidade que o partido tem de pensar para continuar a andar para a frente”, defende.
Nestas declarações à Renascença, Duarte Marques não assume o apoio a nenhum candidato, dos nomes até agora falado: Santana Lopes e Rui Rio.
O ex-autarca do Porto prepara-se para anunciar a corrida ao PSD na quarta-feira, numa conferência de imprensa sem direito a perguntas.
As eleições directas no partido realizam-se a 13 de Janeiro e o congresso do PSD está marcado para um mês depois.