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Novo Presidente angolano deixa Portugal de fora da lista dos principais parceiros

26 set, 2017 - 16:22

João Lourenço não fez qualquer referência a Portugal, principal origem das importações angolanas, no seu primeiro discurso oficial, numa altura de tensão na relação entre os dois países.

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O novo Presidente angolano, João Lourenço, excluiu esta terça-feira Portugal da lista de principais parceiros, no seu discurso de tomada de posse, sublinhando que Angola considerará todos que "respeitem" a soberania nacional.

A posição foi assumida por João Lourenço na cerimónia oficial de investidura como novo chefe de Estado angolano, que decorreu esta terça-feira em Luanda e na qual o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, foi o único chefe de Estado europeu presente.

"Angola dará primazia a importantes parceiros, tais como Estados Unidos da América, República Popular da China, a Federação Russa, a República Federativa do Brasil, a índia, o Japão, a Alemanha, a Espanha, a Franca, a Itália, o Reino Unido, a Coreia do Sul e outros parceiros não menos importantes, desde que respeitem a nossa soberania", disse João Lourenço.

O novo chefe de Estado não fez qualquer referência a Portugal, principal origem das importações angolanas, no seu primeiro discurso oficial, numa altura de tensão na relação entre os dois países, decorrendo investigações das autoridades portugueses a figuras do regime angolano.

"Devemos continuar a pugnar pela manutenção de relações de amizade e cooperação com todos os povos do mundo, na base dos princípios da não-ingerência nos assuntos internos e na reciprocidade de vantagens, operando com todo os países para salvaguarda da paz, da Justiça e do progresso da humanidade", disse ainda.

João Lourenço garantiu que a prioridade nas relações internacionais de Angola será dada aos países vizinhos, nomeadamente na defesa, segurança e desenvolvimento da região da África austral.

"Angola deve, pois, manter o seu papel de actor importante na manutenção da paz na sua sub-região, actuando de forma firme nas organizações das quais faz parte", apontou, acrescentando que a relação com os restantes países africanos de língua portuguesa "vai estar sempre presente nas opções" do Governo angolano.

João Lourenço, general na reserva, de 63 anos, foi investido esta terça-feira, pelas 12h15, no cargo de Presidente da República de Angola, o terceiro que o país conhece desde a independência, em Novembro de 1975.

O acto, presenciado por convidados nacionais e internacionais e milhares de populares, decorreu no Memorial António Agostinho Neto, em Luanda, no mesmo local e dia (26 de Setembro) em que José Eduardo dos Santos foi investido pela última vez como chefe de Estado Angolano, após as eleições de 2012.

Comentários
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  • SALAZAR
    29 set, 2017 LX 16:09
    FOI PARA ISTO QUE SERVIU O 25 DE ABRIL DA BANDALHEIRA. GRAÇAS AO SOARES, AO ALMEIDA SANTOS E AO RESTO DO GANGUE DO PS. NÓS É QUE AINDA LHES RESERVÁMOS VAGAS NAS NOSSAS FACULDADES, FORMÁMO-LOS EM QUASE TUDO, CONSTRUÍMOS-LHES QUASE TUDO. AGORA ESTÁ À VISTA O QUANTO ELES NOS AGRADECEM. SEMPRE DEFENDERAM OS SEUS INTERESSES ENQUANTO ESTUPIDAMENTE EM PORTUGAL OS SUCESSIVOS CORRUPTOS PS, PSD E CDS SEMPRE LHES FIZERAM TODAS AS VONTADES EM VEZ DE DEFENDER OS INTERESSES DE PORTUGAL.
  • Fausto
    26 set, 2017 Lisboa 20:10
    Não é verdade..."e outros parceiros não menos importantes, desde que respeitem a nossa soberania", disse João Lourenço."
  • Eborense
    26 set, 2017 Évora 19:18
    Anda esta gente a lamber as botas a um regime corrupto e totalitário. Uma vergonha. Se não exportarmos para Angola, exportamos para outros lados. Não façam é figuras tristes, apoiando este regime Angolano miserável. E o Prof. Marcelo, quando quiser ir lamber as botas aos angolanos, pague do seu bolso e não do dinheiro dos nossos impostos. O mesmo se aplica aos membros do governo da geringonça.
  • TUGA
    26 set, 2017 lISBOA 16:58
    Ainda bem!!!!!!, já agora para maior represália levem esses gajos que sustentamos com os nossos impostos em bairros sociais e que nos fazem a vida num inferno. Para ser ainda maior a represália, levem esses esquerdopatas do PCP e do BE vossos camaradas e partidos irmãos, temos pena de sermos postos à margem porque assim a corrupção e a lavagem de dinheiro vai sofrer um abrandamento.

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