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Parceria Renascença/Kickoff

Duarte Gomes esclarece limitações da intervenção do vídeo-árbitro no Moreirense-Sporting

25 set, 2017 - 12:45

Pontapé de saída da parceria entre a Renascença e o projecto Kickoff, de Duarte Gomes, com o objectivo de contribuir para a mudança de paradigma que, para o ex-árbitro, há muito se exigia ao futebol e arbitragem portugueses.

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O vídeo-árbitro só poderia intervir em dois dos três lances que causaram polémica no Moreirense-Sporting, precisamente numa grande penalidade que ficou por assinalar a favor dos leões.

Esta segunda-feira, inicia-se uma parceria entre a Renascença e o projecto Kickoff, de Duarte Gomes, que tem como objectivo contribuir para a mudança de paradigma que, para o antigo árbitro, há muito se exigia ao futebol e à arbitragem em Portugal.

Semana a semana, Duarte Gomes analisa, nas edições de Bola Branca e em rr.sapo.pt, lances e temas relacionados com o campeonato, assim como outras competições.

Nesta sua primeira participação, aproveita os erros de arbitragem do empate (1-1) que, no sábado, ditou o atraso do Sporting na tabela classificativa, para esclarecer que o vídeo-árbitro não tem permissão para intervir em todos os lances de um jogo de futebol.

Não há fora-de-jogo dos cónegos

A primeira situação foi logo aos 34 minutos, estava o jogo ainda empatado a zero, ao ser apontado fora-de-jogo ao ataque do Moreirense. Duarte Gomes considera que a decisão foi "precipitada", mas o vídeo-arbitro estava impedido, pelo regulamento, de interromper.

"Se Tozé estivesse em franca posição de fora-de-jogo, nunca deveria ser punido na mesma, porque nem jogou a bola, nem interferiu sobre qualquer adversário. A posição do Tozé era irrelevante. Zizo, que levou a bola, vem completamente de trás. A jogada é legal, portanto houve um erro do árbitro assistente, em que o vídeo-árbitro nada podia fazer", considera Duarte Gomes.

"Em situações de fora-de-jogo que não resultem directamente, por exemplo, em golo ou em pontapés de penálti, o vídeo-árbitro não pode intervir e aqui nunca podia fazê-lo", explica o ex-árbitro.

Empate precedido de ilegalidades

No golo do empate leonino, Duarte Gomes destaca que "o lance foi legal", embora seja precedido de um pontapé de canto "ferido de ilegalidade". Ainda assim, sublinha que o vídeo-árbitro não poderia ter intervido.

"Piccini empurrou, com as duas mãos, o defesa Rúben Lima. Além disso, ainda foi o último jogador a tocar na bola. Portanto, se não fosse considerada a falta atacante, seria sempre pontapé de baliza para o Moreirense. Houve um erro da equipa de arbitragem e também aqui é fundamental referir que o vídeo-árbitro não podia intervir. Nas situações de recomeço de jogo, à excepção de algumas circunstâncias nos pontapés de penálti, os vídeo-árbitros não podem intervir", explica.

Grande penalidade passa em claro

O lance em que o vídeo-árbitro deveria ter, efectivamente, entrado em jogo, foi nos descontos, numa grande penalidade que ficou por assinalar a favor do Sporting. Para Duarte Gomes, o lance era de "análise quase impossível em campo" e competia ao VAR ver a ilegalidade.

"O Sporting fazia o seu ataque pela esquerda, era aí que estava o foco do árbitro Luís Godinho, e no centro da área, quando procurava a melhor posição, o Doumbia foi agarrado pela camisola por um defensor do Moreirense. Na televisão, apesar de não haver grandes repetições sobre este lance, o penálti é claro. O puxão começa de fora e termina dentro e, nesta circunstância, é aí que deve ser penalizado."

"O lance passou despedido ao árbitro e ao árbitro assistente, que estavam a acompanhar o fora-de-jogo. Portanto, a única pessoa que poderia ter aqui ajudado, aqui sim, seria o vídeo-árbitro", acrescenta.

Veja esta análise no Kickoff

Comentários
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  • vai la vai
    26 set, 2017 alentejo 12:01
    Pus-me a ler os comentários que aqui fizeram e só leio demências.. Como é possível haver pessoas tão dementes neste país desportivamente falando.!!
  • 25 set, 2017 palmela 15:56
    Musica da boa pois ! Parece que ninguem tem juizo por este portugal fora !
  • ANTÓNIO
    25 set, 2017 GUIMARÃES 15:09
    Só queria relembrar, disto nunca me esquecerei e gostava que o Sr.Duarte Gomes lê-se isto, que este árbitro, assumidamente benfiquista, num jogo Benfica-V.Guimarães, no estádio da Luz, penalizou os vimaranenses com 3 penaltys inexistentes, repito, 3 penaltys inexistentes, todos marcados na 1ª.parte e num espaço de 20 minutos........... arrumou logo com o jogo........
  • Sérvulo Gomes
    25 set, 2017 Anadia 15:08
    Duarte Gomes e Renascença foram a parceira certa, na verdade. Um descrédito um descrédito igual a descrédito ao quadrado. Não há vergonha nenhuma
  • Silva
    25 set, 2017 porto 15:08
    eu que também já fui árbitro, acho os árbitros se estão a pôr no centro da polémica com os lances do fora de jogo. Já percebi que depois de o árbitro assistente assinalar falta já não há possibilidade de se marcar golo, apesar de ter sido mal assinalado o fora de jogo. Então o melhor é que todos os lances duvidosos tenham a possibilidade de chegar à baliza e então o VAR verificar se houve ou não infracção.
  • ANTÓNIO
    25 set, 2017 GUIMARÃES 14:39
    O vídeo-árbitro só intervém quando é para beneficiar quem lhe convém....... e como todos nós que acompanhamos o futebol sabemos qual é o clube que controla os árbitros, os "padres das missas", não é dificil de ver quem é beneficiado.......... até aqui os "padres" beneficiavam dentro do campo, agora beneficiam também fora dele, são 2 colinhos............

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