Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Tancos. António Costa reafirma que relatório não existe

23 set, 2017 - 21:05

"Sei que não é de nenhum organismo oficial do Estado português", garante o governante,

A+ / A-

O primeiro-ministro, António Costa, reiterou desconhecer o relatório noticiado pelo “Expresso” sobre o furto de armas em Tancos, sublinhando que o documento não pertence a "nenhum organismo oficial" do Estado.

"Não sei a que documento se refere o jornal. Sei que não é de nenhum organismo oficial do Estado português", disse António Costa, em declarações à RTP em Almancil, no concelho de Loulé, à margem de uma iniciativa de apoio aos candidatos locais nas autárquicas de Outubro.

O semanário Expresso divulgou um relatório, que atribuiu aos serviços de informações militares, com cenários "muito prováveis" de roubo de armamento em Tancos e com duras críticas à actuação do ministro da Defesa Nacional, na sequência do caso conhecido em 29 de Junho.

António Costa sublinhou que o Estado-Maior-General das Forças Armadas já "desmentiu a autenticidade desse documento", tal como o secretário-geral dos Serviços de Informações.

Para o líder do executivo do PS, sai fragilizada a "credibilidade da informação" e dos que "comentam notícias sem verificar a veracidade dos documentos", aludindo ao presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.

"Acho absolutamente lamentável que [Passos Coelho] tenha feito comentários com base numa notícia sem primeiro sequer confirmar se esse documento era autêntico", sublinhou António Costa.

E concretizou: "Receio muito que estejamos a falar sobre algo fabricado e não sobre um documento autêntico. Um documento autêntico já sabemos que não é".

António Costa, líder do PS e primeiro-ministro, falou durante breves minutos em directo para a RTP no arranque de um jantar-comício em Almancil que junta centenas de militantes socialistas do Algarve.

Este sábado as Forças Armadas desmentiram a notícia do “Expresso” e negaram que haja qualquer relatório dos serviços de informação militares sobre Tancos.

Em comunicado enviado à Renascença, o porta-voz das Forças Armadas, o Tenente-Coronel Hélder Perdigão, garante que o Centro de Informações e Segurança Militar não produziu relatório.

Entretanto, o Expresso reafirmou que o relatório existe e que em momento algum atribui ou atribuiu o documento a que teve acesso ao Centro de Informações e Segurança Militar (CISMIL), mas sim a serviços de informações militares.

O documento, de 63 páginas e que o Expresso tem na sua posse, foi elaborado, tal como se escreveu, para conhecimento da Unidade Nacional de Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária e do Serviço de Informações de Segurança (SIS).

O semanário acrescentou que o documento contém informação de cariz militar e também ao nível da segurança interna. As fontes humanas citadas pelo relatório são militares no ativo e também na reserva.

[em actualização]

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Ferreira
    24 set, 2017 Lisboa 09:08
    Incêndios como nunca houve e à noite. Assaltos a unidades militares como nunca houve e muito mal explicados. Suicídios resultantes dos incêndios que não se verificaram. Listas falsas de mortos nos incêndios . Tentativas de fazer ver que havia ocultação de numero de vitimas. Relatórios noticiados que pura e simplesmente não existem. Tudo isto já aconteceu. Como o diabo não veio teve que se criar vários diabinhos? Tudo isto é demasiado estranho. A PGR sobre tantas e suspeitas ocorrências não terá uma palavra a dizer? Em Portugal já mataram um Rei e um Príncipe sem que os mandantes do acto tenham sido presos. Já foram vitimas mortais, da queda de um avião, um 1ºMinistro e um Ministro da Defesa sem que até hoje se saiba verdadeiramente se foi acidente ou crime. Estão lembrados? Mudam-se os tempos, mudam-se os "modus operandi" mas os objectivos são sempre os mesmos.
  • Luis
    24 set, 2017 Lisboa 08:07
    Mais uma inventona laranjoca direitalhopitecusPafiosa. Esta é outra igual a tantas outras inventonas que a Pafioseira tenta desesperadamente usar para ver se consegue uns votosinhos de forma a manter o seu grande pseudo líder no estado comatoso em que se encontra há dois anos.
  • joao123
    24 set, 2017 lisboa 06:01
    Diz que o " documento não existe" mas ao fim deste tempo todo não deveria haver um" documento" ? Afinal o que foi que se passou ? Estão à espera que se repita ? Quem não aprende com os seus erros, reflicta sobre eles, é natural que volte a errar...
  • Juan Panvini
    23 set, 2017 Mafra 21:50
    Se o expresso diz que tem um documento, que deverá ser altamente confidencial, so for de facto verdadeiro, terá que "rolar" cabeças, é INADMISSÍVEL, que documentos sigilosos e lesivos para Portugal, passam ser tornados publicos.
  • Não me endrominas...
    23 set, 2017 lisboa 21:27
    Já ninguém tem pachorra para tanta desculpa esfarrapada...
  • Pinto
    23 set, 2017 pt 21:17
    A imprensa Pafiosa está tão desesperada que continua a criar falas noticias. É o canto do cisne de um novo pasquim, o Expresso.

Destaques V+