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​Pedrógão Grande. PJ aponta quatro entidades como negligentes

22 set, 2017 - 10:16

Ministério Público deve avançar com acusações de homicídio por negligência.

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A Polícia Judiciária encontrou indícios de negligência de quatro entidades no caso da morte de 64 pessoas, vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande. A notícia é avançada na edição desta sexta-feira do jornal “Correio da Manhã”.

De acordo com o jornal, as autoridades policiais apuraram, através de uma investigação, que os meios de socorro, a Protecção Civil, os elementos da Guarda Nacional Republicana que ordenaram que os automobilistas fossem para a EN236-1 e a Ascendi, responsável pela limpeza das bermas, revelaram negligência.

O “Correio da Manhã” torna públicos indícios do inquérito que está a ser acompanhado pelo Ministério Público de Coimbra e levou a que fossem ouvidas quase 100 testemunhas, que confirmaram à PJ um conjunto de falhas que causaram a morte das 64 pessoas.

Segundo o matutino, o Ministério Público de Coimbra dever avançar com acusações de homicídio por negligência.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de Junho, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.

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  • Carlos Manuel Rodrig
    22 set, 2017 Tprres Novas 14:43
    As quatro entidades negligentes, segundo a notícia, serão os meios de socorro, a Protecção Civil, a Guarda Nacional Republicana e a Ascendi. Se assim fosse teríamos que dizer que os meios de socorro – nomeadamente os Bombeiros – a Protecção Civil e a Guarda Nacional Republicana, todos fazem parte do DECIF, todos são Protecção Civil e a Ascendi, sendo uma empresa privada também tem responsabilidades na Protecção Civil em que todos temos responsabilidades e de facto, segundo as imagens, as árvores e o mato estavam até aos rails da estrada não tendo sido salvaguardados os 10 metros de cada lado, como manda a lei. E as Câmaras que não têm Planos Municipais de Emergência nem Planos Municipais Operacionais para Defesa da Floresta Contra Incêndios não terão também responsabilidades? E os particulares que não limpam os 50 metros, que a lei determina, à volta das suas casas, não têm também responsabilidades? Mas a noticia não fala do desordenamento da floresta e muito menos da limpeza, ou melhor da falta de limpeza da mesma, quando se chegou a dizer que por cada hectare havia cerca de 60 a 70 toneladas de manta morta? Tudo isto é muito complicado e o problema maior foi a morte de tantos inocentes, porque de restos os grandes incêndios continuaram a lavrar e os resultados, infelizmente, estão à vista. Estas coisas não podem ser analisadas superficialmente. Esperemos pelos resultados da Comissão Independente e já agora que os resultados venham a ser públicos ao contrário do que aconteceu em 2013 na tragédia do Caramulo onde morreram 8 Bombeiros e tudo ficou na gaveta. Aguardemos.
  • Filipe
    22 set, 2017 évora 12:17
    CALMA ! O Ministério Público Português é rápido a prender para investigar e sem saber o porquê de terem prendido o Marquês ... e , rápido a prender bêbados , doentes , "negros" , "ciganos " e todos aqueles que lhes fazem frente ... mas lento quando se trata de gente Maçónica ou Amigos ou Amigas dos churrascos , batizados e casamentos ... CALMA !
  • Artur Martins
    22 set, 2017 Ansião 12:05
    Era bom que a culpa não morresse solteiro. Não há culpados políticos. E as alterações na proteção civil feitas á pressa, já no período de fogos, nada......
  • VERGONHA NACIONAL
    22 set, 2017 Lx 10:47
    E alguém se lembra já que morreram 66 pessoas em Pedrogão por incúria, incompetência e irresponsabilidade? E onde anda a Ministra zombie? Nem uma demissão...Viva o socialismo dos kamaradas...

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