Rui Águas pede paciência com Rui Vitória e jogadores. "Consideração não pode ir do 100 ao zero"

Rui Águas lembra que o Benfica ainda não perdeu nada, pelo que há que ter paciência com o treinador Rui Vitoria e os jogadores.

Avolumam-se as criticas e os receios em algumas franjas de adeptos do Benfica. A equipa orientada por Rui Vitoria vai sair da sexta jornada do campeonato no quarto lugar e a cinco pontos dos líderes FC Porto e Sporting. A derrota (2-1) no Bessa abriu feridas, mas no entender do antigo jogador do Benfica, estão a cometer-se exageros.

Em entrevista a Bola Branca, Rui Águas, para quem, "com os exageros de hoje em dia", a situação "não é nada de novo", pede tolerância para um grupo que já mostrou ser forte nos momentos difíceis:

"A situação tem de ser gerida da melhor maneira, tal como tem feito Rui Vitória. Não vai ser fácil para o Benfica, porque os adversários também procuram o mesmo [títulos]. Em dois jogos, tudo pode mudar e a consideração pelas pessoas não pode ir do 100 ao zero. Do elogio ao insulto, as coisas estão muito próximas, mas o futebol é mesmo assim."

Paciência para Rui Vitória

Rui Águas pede paciência com o treinador e os jogadores do Benfica. As saídas de Ederson, Nélson Semedo e Lindelof estão a ser difíceis de compensar. O ex-jogador lembra que saíram jogadores de topo e alerta para a possibilidade de, a meio da época, ter de ser feito um balanço para ponderar uma ida ao mercado.

"Saíram jogadores de milhões. Acho bem que se faça esforço para diminuir o passivo, mas em termos de valor futebolístico, é natural que as coisas fraquejem um pouco. Vamos ver se, com este quadro de jogadores, a equipa consegue recuperar ou se, a meio da época, as coisas terão se ser analisadas e ponderar uma ida ao mercado", considera.

Rui Águas está, actualmente, a trabalhar no Egipto, onde treina o Phalco, da segunda divisão daquele país. Uma boa experiência, para já: "As coisas estão a correr bem, realizámos um jogo, ganhámos, e o objectivo é subir de divisão. É difícil, temos saudades de Portugal mas são os desafios mais difíceis que nos motivam, estamos na luta."