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​Ministro do Ensino Superior repudia praxes que "levem à humilhação"

14 set, 2017 - 18:14

Manuel Heitor comentava um "manual de sobrevivência do caloiro" que compara os novos estudantes como seres irracionais.

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O ministro do Ensino Superior, Manuel Heitor, repudia "todas as prácticas" de praxe "que levem à humilhação", notando ser indiferente se acontecem dentro ou fora das portas das faculdades e defendendo que a "responsabilidade é de todos".

"Repudio todas as prácticas que levem à humilhação dos mais novos pelos mais velhos. Educar só é possível num espírito de abertura e tolerância", afirmou o governante, à margem da abertura da 12ª edição do YES (Young European Scientist) Meeting, que decorre na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Questionado pelos jornalistas sobre um "manual de sobrevivência do caloiro" distribuído nas imediações da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que define os novos estudantes como seres irracionais, Manuel Heitor frisou que perceber se os factos decorreram fora ou dentro da instituição "é uma discussão que não interessa", frisando que "a responsabilização é de todos".

A edição desta quinta-feira do “Jornal de Notícias” refere que, durante esta semana, tem sido distribuído aos novos estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto um manual em que se refere que "o caloiro não é um ser racional", "não goza de qualquer direito", deve ser "incondicionalmente servil, obediente e resignado" e ser "sempre moderado no uso da palavra".

Manuel Heitor diz que não tem conhecimento do caso, mas assegura fazer "o que sempre" fez: repudiar "todas as práticas que levem à humilhação dos mais novos pelos mais velhos"

"Continuarei a evitar prácticas como essa. Sabemos que persistem boas prácticas com más prácticas de humilhação. Temos de valorizar as boas e combater a persistência das más", defendeu.

Comentários
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  • Maria Catarina Lopes
    15 set, 2017 Porto 01:43
    Enquanto não houver mão dura contra esses que se dedicam só à palhaçada, as praxes não passam de actos violentos e essa não é o objectivo final das Universidades.

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