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Governo lamenta greve dos juízes apesar de esforço de 4 milhões de euros

08 set, 2017 - 20:14 • Liliana Monteiro

Ministério da Justiça afirma que “o não acolhimento da generalidade das propostas envolvendo a componente remuneratória decorre das limitações da conjuntura económico-financeira do país e não da menor consideração para com os juízes".

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O Ministério da Justiça lamenta a greve dos juízes e diz que, apesar dos constrangimentos económicos, conseguiu devolver mais de quatro milhões de euros aos magistrados.

Em resposta à Renascença, o gabinete da ministra Francisca Van Dunem começa por dizer que “discutiu amplamente e em todas as suas dimensões” o Estatuto com a Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP).

Foi um debate de grande abertura, participação e empenhamento de ambas as partes, tendo sido acolhidas várias das sugestões e propostas apresentadas. Logrou-se atingir um “amplo consenso na maioria das matérias”, sublinha o Governo.

O Ministério da Justiça esclarece que “o não acolhimento da generalidade das propostas envolvendo a componente remuneratória decorre das limitações da conjuntura económico-financeira do país e não da menor consideração para com os senhores juízes, o que ficou claro desde o início”.

O Ministério da Justiça revela que “o Governo comprometeu-se a eliminar o corte que incidia sobre o subsídio de compensação - que era de 620 euros e volta a ser 775 - correspondendo a um esforço financeiro superior a quatro milhões de euros”.

A greve foi marcada para os dias 3 e 4 de Outubro, anunciou esta sexta-feira a Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP).

Em causa nesta greve está a revisão do estatuto profissional, nomeadamente a inclusão de um aumento do suplemento salarial.

"O Governo mantém-se irredutível e não discute com os juízes o estatuto na sua integralidade", lamenta a ASJP.

Comentários
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  • FIlipe
    09 set, 2017 évora 13:30
    Lamenta e deita-se ao lado deles , coragem para os meter na rua como fez Xanana Gusmão a uns poucos , não pode ser ? Dá mesmo que rir durante mais de uma semana seguida com este tipo de gente inculta , os magistrados e magistradas , quando é para erguerem o poder Soberano nas TV´s dão o rabinho se for preciso , mas quando são confrontados com a ilegalidade da greve , esquecem o poder Soberano da Constituição da República Portuguesa atribuído a essa gente e erguem o PODER NAZI patente dentro da justiça Portuguesa .
  • ze
    09 set, 2017 evora 11:05
    O cerco esta montado juizes medicos enfermeiros greves apoiados por ordem, sindicatos independentes etc calados nem uns ratos durante o governo anterior onde lhes cortaram vencimentos aumento de horarios , adicionais etc... Há que fazer barulho agora uma vez que não veio o diabo, a geringonça não caiu a bancarrota não veio, cumpre-se o assumido repoem-se salarios, horarios acabam-se adicionais desce deficit baixa desemprego etc..condições mais do que justificaveis para greves porque não emigram todos ou se suspendem das suas funções assim como assim continuamos a morrer nos hospitais por erros medicos continuamos a ter penas suspensas para quem mata filhos ou os violam se queremos boa saude consultorio do sr doutor ,enfermeiros a trabalhar em mais que um lugar
  • Tt
    09 set, 2017 10:57
    Gentinha apanhada a copiar nos exames de acesso á profissao quer ser reconhecida e valorizada muito acima de todos os outros trabalhadores
  • PAZ SOCIAL À COSTA
    09 set, 2017 Lx 10:52
    Os magistrados são das corporações mais priviligiadas de Portugal: salários acima da média, regormas da CGD douradas( desde os 4 mil a 6 mil euros mês), subsídio mensal de renda de casa de 750 euros mês sem tributação em sede de IRS...Por isso, razão salarial para a "greve" não existe. Contudo, como o pantomineeiro do kamarada Costa diz foi mudada a "página da austeridade". Assim sendo, todas as corporações que vivem na esfera do Estado assiste o direito de pressionar o vendedor da banha da cobra e pedir revisões de estatutos, mais dinheiro a suportar pelo estado falido que temos..Vamos no bom caminho para continuarmos a pedir empréstimos e não se estranha a dívida pública quase nos 250 mil milões de euros...
  • XAVIER Antonio
    09 set, 2017 LE MANS 10:51
    PARA QUE SERVEM OS JUIZES EM PORTUGAL ?
  • atila
    09 set, 2017 donas 10:39
    A magistratura foi,é e será sempre um estado dentro de outro estado. Deviam pensar duas vezes em vez de, fazer o que estão a fazer, o que aos olhos de quem pouco ganha, comparativamente com esta, dita classe, é uma autentica afronta!!!
  • Macela
    09 set, 2017 Porto 10:05
    Mantém-se irredutível até quando? Espero para ver. Com a Justiça ainda se pode brincar, com os seus administradores, não!
  • Para refletir...
    09 set, 2017 Almada 09:50
    Se são os juízes que determinam o que é legal ou não, ou seja são o principal poder neste país, e quando isso acontece devido à separação de poderes o poder político não pode (ou não quer) falar, para quê fazer greve? Não havendo contraditório ou equilíbrio de poderes por parte da Assembleia da República, os Tribunais têm sempre razão. Como facilmente se compreendo e única forma de haver equilíbrio de poderes é poder-se livremente comentar a forma como determinado poder exerce esse poder, pois poder não o estar a exercer da forma correta. E eu pergunto se não foi porque o poder pode não exercer o poder da forma correta, que apareceu a separação de poderes? Ou seja construiram "um castelo em cima de um monte de areia". Mas só eu é que falo nisto, os outros adam distraídos com tanto ruído que existe.
  • Fernando Nunes
    09 set, 2017 Mafra 09:33
    E lamentavel a atitude dos msgistrados.Pois, consideram se superiores. Nao se compreende.
  • henrique
    09 set, 2017 Vale de Cambra 08:37
    Eu,septagenário e com quarenta e tal anos de descontos,tenho de me governar com menos de um décimo do que esses senhores ganham! É isto justiça?

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