28 ago, 2017 - 12:36
A célula que levou a cabo os dois atentados na Catalunha estava a planear levar a cabo vários ataques idênticos ao que aconteceu na Arena de Manchester, no Reino Unido, que fez 22 mortos e 59 feridos. Os alvos seriam grandes concentrações de pessoas, que seriam atacadas com mochilas-bomba.
A notícia é avançada pelo jornal espanhol “La Razon”, que cita fontes da luta antiterrorista.
Os terroristas compraram no dia 16, na localidade de San Carlos de Ràpita, na Catalunha, 15 fronhas de almofada e
outro material que pode ser usado no fabrico de mochilas-bomba, idênticas às
utilizadas pelo terrorista em Manchester, a 22 de Maio.
O peróxido de acetona, que pode ser tão potente como o TNT, iria para o fundo das fronhas e seria incluído um detonador, alimentado por uma pilha, descreve o jornal espanhol. Para causar o maior dano possível seriam colocados no interior das bombas pregos, roscas e parafusos.
A célula responsável pelos ataques era constituída por 12 homens, oito dos quais foram abatidos e quatro detidos após os ataques.
Segundo o jornal, Abdelbaki Es Satty, o imã de Ripoll
apontado como o cérebro da célula dos atentados na Catalunha, não tinha
intenção de se suicidar durante a primeira fase. Pelo contrário, iria dirigir
uma segunda vaga de ataques.
Espanha foi alvo de dois ataques terroristas, em Barcelona e em Cambrils, na Catalunha, que fizeram 16 mortos e 135 feridos. A lista de vítimas mortais do ataque em Barcelona incluiu duas portuguesas, uma de 74 anos, residente em Lisboa, e a sua neta, de 20.
Em Barcelona, o ataque ocorreu na quinta-feira à tarde, dia 17, nas Ramblas, uma avenida muito frequentada por turistas. Na madrugada de sexta-feira, dia 18, cinco homens num automóvel atropelaram um grupo de pessoas em Cambrils, uma estância balnear a cerca de 100 quilómetros de Barcelona, fazendo um morto e cinco feridos.
Os dois ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
No final da passada semana, o autodenominado Estado Islâmico voltou a ameaçar Espanha. Num vídeo divulgado pelo jornal "El País", o grupo terrorista celebrou os últimos ataques na Catalunha e glorifica o autor, Younes Abouyaaqoub.