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​Centenário das Aparições de Fátima encerra com concerto a 13 de Outubro

24 ago, 2017 - 13:53

Orquestra e do Coro Gulbenkian, dirigidos por Joana Carneiro, vão interpretar duas obras inéditas dos compositores James MacMillan e Eurico Carrapatoso.

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As celebrações do Centenário das Aparições encerram a 13 de Outubro com um concerto da Orquestra e do Coro Gulbenkian, dirigidos por Joana Carneiro, anunciou esta quinta-feira o Santuário de Fátima.

O concerto, que apresenta no seu alinhamento, entre outras, obras encomendadas aos compositores James MacMillan e Eurico Carrapatoso, realiza-se a partir das 18h30 na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

O Santuário diz, em comunicado, que o concerto, que "integra a estreia absoluta das obras Salve Regina e The Sun Danced, de Eurico Carrapatoso e James MacMillan, respetivamente, terá transmissão em directo para o Recinto de Oração para que todos os peregrinos possam usufruir de mais este momento musical que celebra o Centenário das Aparições da Virgem aos três Pastorinhos".

"Este singular concerto conta ainda com a participação da soprano Elisabete Matos e integrará a sessão solene de encerramento do Centenário das Aparições de Fátima", acrescenta.

O Santuário recorda que a Orquestra Gulbenkian foi fundada em 1962 e que, "inicialmente composta por 12 músicos, conta hoje com um efectivo de 66 instrumentistas, número que pode ser aumentado de acordo com os programas".

"Desta feita, a orquestra será composta por 72 instrumentos. Esta flexibilidade permite-lhe tocar um amplo repertório que abrange os principais períodos da história da música, desde o Classicismo à Música Contemporânea. Já o Coro Gulbenkian, criado dois anos mais tarde, conta com uma formação sinfónica de 100 cantores, actuando igualmente em grupos vocais mais reduzidos, conforme a natureza das obras. Neste concerto será composto por 32 cantores", lê-se na nota.

Joana Carneiro, realça o Santuário, é a maestrina convidada da orquestra Gulbenkian e directora artística do Estágio Gulbenkian para Orquestra.

Em 2009 tornou-se directora musical da Sinfónica de Berkeley e em Janeiro de 2014 foi nomeada maestrina principal da Orquestra Sinfónica Portuguesa.

James MacMillan, por outro lado, "estudou música na Universidade de Edimburgo e doutorou-se em composição na Universidade de Durham, com John Casken".

Trabalhou como professor em Manchester e regressou depois à Escócia, onde se estabeleceu em Glasgow. No ano passado foi escolhido como compositor do ano pela Pittsburgh Symphony Orchestra.

O trabalho que compôs para este concerto de encerramento das comemorações do Centenário parte de uma 'investigação' de campo feita durante Maio de 2015.

Na nota de imprensa, MacMillan diz que "poder pensar com anos de antecedência sobre uma peça" é benéfico, porque as ideias se tornam "subliminares e subconscientes e como que trabalham subterraneamente".

"Eu acabo por escrever a música com uma grande preparação subconsciente. Por isso, a visita a Fátima foi vital", declarou o compositor na altura em que visitou Fátima.

James MacMillan, reconhecido pela expressão pública das suas convicções religiosas, é o autor da ópera "Inês de Castro", escrita por ocasião da Capital Europeia da Cultura 2001, no Porto.

"Foi um dos 60 artistas convidados para a sessão de homenagem ao papa emérito Bento XVI, pelos seus 60 anos de ordenação sacerdotal, que se completaram a 29 de Junho de 2011", recorda ainda o Santuário.

Já Eurico Carrapatoso é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Iniciou os estudos musicais em 1985 e foi aluno de composição de José Luís Borges Coelho, Fernando Lapa, Cândido Lima e Constança Capdeville, tendo concluído em 1993 o Curso Superior de Composição do Conservatório Nacional de Lisboa.

"Foi assistente de História Económica e Social na Universidade Portucalense. Leccionou na área da composição em várias instituições, nomeadamente na Escola Superior de Música de Lisboa e na Academia Nacional Superior de Orquestra. Em maio de 2011 foi distinguido pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura com o Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes. Foi condecorado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique em 10 de Junho de 2004", refere a nota.

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