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Número de detidos por suspeitas de atearem fogos quase duplicou

22 ago, 2017 - 13:53

Em Cabeceiras de Bastos, foi detido um homem, de 44 anos, que terá ateado um fogo "movido por sentimentos de vingança".

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As forças de segurança detiveram este ano 102 pessoas suspeitas do crime de incêndio florestal, quase o dobro do número (53) registado no período homólogo de 2016, disse esta terça-feira o comandante da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Rui Esteves.

O comandante da ANPC adiantou, no encontro semanal com os jornalistas, que, de 1 de Janeiro até esta terça-feira, foram contabilizadas 11.537 ocorrências de fogo florestal, devido às quais arderam 166 mil hectares de floresta, mais 48 mil hectares ardidos que em igual período do ano passado.

Comparativamente, este ano já deflagraram mais 3.500 ocorrências que no ano de 2016 (8.045), sendo que o ano passado, em período homólogo, tinham ardido 117 mil hectares.

Duas novas detenções

Esta terça-feira, a Polícia Judiciária anunciou que deteve duas pessoas indiciadas pela prática do crime de incêndio florestal.

Em Cabeceiras de Bastos, foi detido um suspeito, de 44 anos, que terá ateado um fogo na zona onde vive “movido por sentimentos de vingança e em eventual estado de embriaguez”.

“O incêndio consumiu uma pequena área, só não tomando outras proporções dada a pronta intervenção dos populares que, de imediato, o combateram”, diz um comunicado da PJ.

Um outro suspeito, de 25 anos, foi detido em Mondrões, Vila Real. Terá ateado um fogo a 13 de Agosto, que “consumiu uma área de mancha florestal constituída maioritariamente por mato”.

Situação mais calma

Segundo Rui Esteves, os incêndios que estavam activos nas últimas horas estão agora em fase de resolução, nomeadamente Covilhã, Porto de Mós, Melgaço, Cabeceiras de Basto e Terra de Bouro, envolvendo ainda 769 operacionais, apoiados por 242 veículos e quatro meios aéreos.

Ao início da tarde desta terça-feira continuavam operacionais 17 grupos de reforço de meios nacionais, 17 grupos de reforço dos bombeiros voluntários, sete pelotões militares, três máquinas de rasto militares de rasto e 16 máquinas de rasto civis.

Rui Esteves disse ainda que os dois grupos da Unidade Militar de Emergências (UME) espanhola regressam esta terça-feira a Espanha.

Entre os dias 15 e 21 de Agosto houve um total de 1.276 incêndios, que foram combatidos por 37.914 operacionais, apoiados por 10.087 veículos, com 668 missões aéreas.

Neste período, os distritos mais fustigados com ignições de fogo foram o Porto, com 335 ocorrências, Braga, com 132, e Aveiro, com 128.

Os distritos com maior área ardida por fogo florestal foram Santarém, Castelo Branco e Portalegre.

Comentários
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  • Antonho
    23 ago, 2017 Porto 15:21
    Utilizando os textos produzidos para analisar o terrorismo barra media sao necessarias mais medidas
  • joão coelho
    22 ago, 2017 gaia 21:04
    O que me parece é que as autoridades se vão entretendo com estatísticas; ver qual o ano em que foram caçados mais indivíduos a por fogo e assim lá vão mamando bons ordenados. Já agora, mostrem uma estatística de quantos criminosos por fogo posto ao longo dos anos foram condenados e cumpriram prisão ou internamento psiquiátrico, quantos? Encostados a estes doentes mentais, lá se vão governando milhares de artistas, sendo isto um GRANDE NEGÓCEO !
  • fanã
    22 ago, 2017 aveiro 17:53
    102 ...é o numero de tarados e criminosos que dizem terem detidos ....muito bem, mas !!!!!.......... porque não o ministério da justiça obrigar esses sacanas a trabalhar na replantação de aquilo que destruíram , ou será que o preço das enxadas e inabordável ???.
  • Luis
    22 ago, 2017 Lisboa 17:06
    O fogo posto deveria ser considerado acto de terrorismo e deveria ser aprovada lei para isso. Iam ver como os ditos bêbados e tolinhos lá das terrinhas acabavam de vez de deixar de colocar fogos. Os seus mandantes teriam mais dificuldade em aliciá-los.
  • DR XICO
    22 ago, 2017 LISBOA 17:03
    Mas qual é o problema das autoridades e comunicação social, mostrarem os rostos desta gente. Afinal vivemos ao lado de um criminoso e não sabemos. Em Espanha, França, Inglaterra Brasil etc a 1ª coisa que fazem é mostrar a fronha desta gente para toda a gente saber com o que conta.
  • atila
    22 ago, 2017 donas 16:16
    Há um problema que por cobardia dos media nunca foi debatido em Portugal. É o da consanguinidade nas aldeias e todo o interior (e não só) do País. A maior parte do indivíduos que nascem com consanguinidade é muito afectada cerebralmente. Por outras palavras, filhos de primos com primas, e vice versa, nascem muito afetados. Era bom que alguém dos nossos media se debruçassem sobre este assunto.

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