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Um quarto dos municípios não tem plano contra incêndios, alerta a Quercus

20 ago, 2017 - 21:23

Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Alijó são alguns dos casos.

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A Quercus alerta que mais de um quarto dos municípios não tem um plano municipal contra incêndios, incluindo Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Alijó, considerando que é "o grau zero da prevenção dos fogos florestais".

"A Quercus considera muito preocupante que um quarto dos municípios de Portugal Continental não cumpra as suas obrigações no âmbito da legislação de defesa da floresta contra incêndios", divulgou a associação ambientalista, em comunicado.

A associação esclareceu que a existência desses planos implica "um planeamento e calendarização de acções de silvicultura preventiva", designadamente limpezas, "com o objectivo de evitar que os fogos atinjam grandes proporções e o de proteger eficazmente pessoas e bens".

"Não ter Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios aprovado é o grau zero na prevenção dos fogos florestais", sustentam.

De acordo com a Quercus, "na lista dos 72 municípios que não estão a cumprir a legislação estão alguns que este Verão ficaram bem conhecidos pelas piores razões, como Alijó, Fundão, Vila de Rei, Castanheira de Pêra e Pedrógão Grande".

Ainda segundo a associação ambientalista, existem somente três distritos do continente nos quais 100% dos municípios têm o seu Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios em vigor e operacional: Viseu, Guarda e Portalegre.

"A legislação não prevê nenhuma penalidade para os municípios que não cumprem esta obrigação legal, para além de não poderem ter acesso a fundos comunitários destinados à prevenção de incêndios e protecção da floresta", refere a Quercus.

Por outro lado, a associação alerta que, "embora a legislação determine que estes Planos são públicos e que devem estar disponíveis para todos no sítio da internet da ICNF", tal não acontece.

"A Quercus considera fundamental, e do mais elementar direito, que estes Planos possam ser consultados por todos os cidadãos interessados, para que possam verificar rapidamente e inequivocamente, se estão a ser feitas as obrigatórias reduções de combustíveis junto a estradas, casas e povoações", argumentam.

Comentários
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  • Alexandre Rego
    14 set, 2017 Lisboa 10:51
    Os municipios tornaram-se em meros cobradores de impostos (IMI), organizadores de excursões, feiras e festivais e antro dos interesses das seitas politicas imobiliárias deste regime criminoso que só sobrevive graças a 27 milhões por dia de dinheiro emprestado por bancos alemães e franceses. Se assim não fosse nem papel higiénico existia nas casas de banhos dos presidentes de câmara e senhores vereadores. Os Bombeiros, coitados comem arroz com arroz e as pessoas em fuga são enviadas para o crematório como ocorreu em Pedrogão. O dinheiro da solidariedade desapareceu. Enfim, um regime de ladrões e assassinos.
  • Bela
    21 ago, 2017 Coimbra 23:20
    Como já mencionei no comentário anterior, os Planos de Defesa da Floresta Contra Incêndios, sejam eles incrementados por quem quer que seja, não servirão para nada se não se mudar as atitudes dos envolvidos.Ontem andei pela A23, IC8, etc, e verifiquei que (exceptuando algumas áreas que arderam recentemente) ao longo dessas vias há árvores de grande porte, eucaliptos e pinheiros, que nunca deviam ter sido crescer aleatoriamente. É impossível haver Plano eficazes, quando há quem não cumpra as regras.
  • duvidoso
    21 ago, 2017 Saará do Norte 22:34
    Imagine-se o país num estado destes aqui há 50 anos atrás com o meios de então isto já estaria num deserto há muitos anos assim só agora caminhamos para lá, tantos milhões vindos da UE só para acessos, no meu concelho não conheço que algum tenha sido feito e as necessidades são várias, por onde se tem passado o dinheiro?.
  • DR XICO
    21 ago, 2017 LISBOA 15:29
    Afinal era só a pele do cordeiro, os senhores presidentes das câmaras foram para as TVs bufar pelas ventas e a culpa é sua que têm tudo sem lei nem roque. Tanto incompetente nas câmaras municipais até dói.
  • Afonso
    20 ago, 2017 Marinha Grande 23:40
    Novidade!!! nos últimos 30 anos deixaram arder a floresta e culpam tudo e todos, até a mãe Natureza por deixar crescer os pinheiros.nunca tiveram uma iniciativa boa ou má que fosse.
  • Bela
    20 ago, 2017 Coimbra 23:01
    Da maneira como os fogos estão a ser combatidos, ter ou não ter, não faz qualquer diferença. Teria vantagens de logo de inicio os fogos fossem devidamente combatidos e realmente apagados. O que se tem visto é deixar arder a floresta com a desculpa de proteger as casas e localidades e depois arde tudo, porque... Enfim!

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