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Está extinto o fogo em Mação. “Já não há muito por onde arder"

20 ago, 2017 - 09:27

Foram cinco dias de combate intenso, com extensões a concelhos vizinhos. O incêndio que mais preocupa é agora na Covilhã, onde já foram evacuadas aldeias.

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O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Mação, distrito de Santarém, foi extinto ao início da manhã deste domingo.

Este foco de incêndio, o mais recente de outros no mesmo concelho, começou em Aboboreira às 00h01 de quarta-feira e entrou em conclusão às 6h50 de hoje, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, citado pela agência Lusa.

Este fogo foi um dos mais intensos dos últimos dias, com o presidente da Câmara a estimar que cerca de 80% do concelho tenha ardido.

"Estamos a chegar ao nosso limite e já não há muito por onde arder", afirmou Vasco Estrela na sexta-feira à noite, estimando que as chamas tivessem consumido "entre nove a dez mil hectares de floresta", a somar aos "18 mil que já tinham ardido há duas semanas" e que deixaram Mação com 80% da área do concelho queimada.

Os danos não estão ainda quantificados, mas o presidente da autarquia temia "prejuízos económicos muito elevados na maior riqueza produtiva do concelho", para o qual reclamava "uma atenção especial".

"Seria uma injustiça inqualificável que não tivéssemos tratamento similar ao de outros concelhos afectados pelos incêndios", afirmou, reclamando que seja "reconhecido o estado de calamidade pública" e que o município "tenha as mesmas prerrogativas que Pedrógão Grande, por exemplo, em termos de apoio do Portugal 2020".

No concelho de Gavião, o fogo prossegue em resolução, com 391 operacionais, 118 veículos e um meio aéreo.

De acordo com a Protecção Civil, desde dia 11, os incêndios já fizeram 107 feridos, 99 ligeiros e 8 em estado grave.

Fogo na Covilhã obriga a retirar pessoas de aldeias

Preocupante é, este domingo de manhã, o incêndio que teve início às 15h18 de sábado em Barrigais, no concelho da Covilhã.

Segundo o presidente da Câmara, Vítor Pereira, foi necessário evacuar algumas aldeias, donde foram retirados sobretudo idosos, embora não tenha sido "nada de dramático".

"Há agora alguns sítios mais sensíveis, sobretudo o Casal da Serra, junto ao Tortosendo, e a freguesia de Cortes do Meio", esclareceu o autarca, ressalvando que não existem populações em perigo.

São três as frentes activas este sábado de manhã, a ser combatidas por 376 operacionais, apoiados 110 viaturas e 13 meios aéreos.

O fogo já obrigou à activação dos planos distrital e municipal de emergência e Protecção Civil.

A3 reaberta, algumas nacionais fechadas

O troço da A7, entre Ribeira de Pena e o Arco de Baúlhe, foi reaberto ao trânsito por volta das 6h30.

Cortadas estão as estradas nacionais (EN) 230, entre Cortes do Meio e Tortosendo, a estrada municipal (EM) 508 entre Cortes do Meio, e a EN 230.

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  • 20 ago, 2017 aldeia 10:49
    Apaga-se num lado,já há outro aceso noutro lugar,parece que se tornou numa moda,é tempo de se mudar a lei e penalizar bem os incendiários.

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