Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Associação de sargentos da GNR diz que calamidade pública é "demagogia política"

19 ago, 2017 - 16:33

Não há efectivos suficientes para formar as 150 equipas, garante a associação.

A+ / A-

A Associação Nacional dos Sargentos da Guarda considera "demagogia política" a decisão de declarar calamidade pública em vários concelhos fustigados pelos incêndios e que não existem 300 elementos da GNR disponíveis para formar mais equipas de apoio.

Em comunicado, a ANSG refere que o despacho do Governo a estado de calamidade pública em várias zonas afectadas pelos incêndios e que determina a "mobilização extraordinária nomeadamente da GNR é pura demagogia política", devido à falta de efectivos disponíveis.

"Tudo tem um limite, 150 equipas, promete o primeiro-ministro, correspondem no mínimo a 300 elementos, mas nem que fossem 20, na actualidade não existem, pois, corresponde à média de incorporação algo que nem isso se vislumbra. É dramática a falta de efectivos", considera a associação.

Segundo a ANSG, "a GNR já se encontra para além dessa fronteira, face ao alargado âmbito de responsabilidades e tanta valência, que depois se torna incapaz de realizar, pela simples razão da inexistência do elemento essencial, ou seja recursos humanos".

O primeiro-ministro, António Costa, justificou a declaração de calamidade pública, com efeitos preventivos, com a extensão do risco de incêndio e o prolongamento do esforço do dispositivo nos últimos meses.

"Agora é que era essencial que isso fosse feito, quer pela extensão do risco de incêndio quer pelo prolongamento que já temos tido ao longo destes sucessivos meses do esforço do dispositivo", defendeu António Costa.

De acordo com António Costa, foi por isso nesta altura "muito importante reforçar os meios" e tomar a decisão de conceder aos bombeiros voluntários dois dias de descanso por cada dia de combate aos incêndios, que só na circunstância da declaração de calamidade poderia ser tomada.

A declaração de Calamidade Pública abrange vários concelhos dos distritos de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Vila Real, Viseu, Coimbra, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Leiria, Portalegre e Porto.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    20 ago, 2017 Lisboa 14:40
    Quando o lençol é curto, os pés ficam de fora. Abandonaram o Interior, o ordenamento florestal é uma anedota. Envolveram privados que só veem e querem lucro, no combate aos fogos e puseram de parte a prevenção, e quando tudo deu para o torto, vieram bater à porta dos que viram orçamentos e numero de efectivos diminuir sistematicamente nos ultimos anos. É para desviarem as responsabilidades ou para terem um bode expiatório quando tudo falhar?
  • Sérgio Vieira
    20 ago, 2017 Funchal 14:30
    Não há pessoal? Saíram das Messes e Bares 600 homens para o operacional ou não? Existe é falta de organização e burocracia a mais. Estudem!!!
  • Miguel Pais
    20 ago, 2017 Vila Nova Poiares 09:58
    Só esta declarações mostra bem o carácter do sr.costa e não é preciso dizer mais nada e ver aquem estamos entregues.Agora há o outro casa chamado Marcelo Que ainda me preocupa mais.Se dá cobertura a costa a tudo que diz, em quem confiar. Julgo estar-mos como se diz" no fim da picada." SOCORRO
  • al berto
    20 ago, 2017 sul 09:09
    calamidade é os militares do exercito estarem a transportar as compras das senhoras dos chefes em vez de patrulharem florestas.Idem para os incendiários e os presos que deviam andar a limpar florestas Idem para os políticos que deviam oferecer um mês de ordenado em vez de andarem a passear pelo País
  • a irresponsabilidade
    19 ago, 2017 port 17:35
    de declarações deste tipo, conduz a que deixemos de dar credibilidade a estes dirigentes associativos!...
  • intoleravel
    19 ago, 2017 lis 17:05
    perante o que estamos a assistir nos reacendimentos de incêndios, virem estes ditos alegados dirigentes associativos, sabe-se lá quantos representam, prestarem declarações destas! Vergonhoso! Enquanto noutros países se unem para contrariar o terrorismo, por cá há queira dividir e estar sempre do contra às mediadas tomadas, para combater este terrorismo e crime organizado dos incêndios!

Destaques V+