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Já ardeu mais este ano do que em todo o ano passado

16 ago, 2017 - 07:59

Mais de um terço da superfície queimada na União Europeia situa-se em Portugal. Até sábado, tinham ardido mais de 165 mil hectares – mais de 16 vezes a área do concelho de Lisboa.

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Os incêndios que deflagraram este ano em Portugal já consumiram mais área florestal do que todos os fogos do ano passado, que já tinha sido desastroso para a floresta.

Em 2016, arderam 160.490 hectares (até Outubro). O maior incêndio do ano ocorreu no distrito de Aveiro e consumiu quase 22 mil hectares.

O ano passado não foi o que teve mais ocorrências, mas era até agora o que registava mais hectares consumidos pelo fogo em 10 anos. No conjunto da União Europeia, pertencia a Portugal metade da área ardida em 2016.

Este ano, Portugal bate o recorde nacional da última década e mantém o primeiro lugar da lista de países da União Europeia com mais área ardida (mais de 165 mil hectares). São os dados mais recentes do Sistema Europeu de Informação sobre Fogos Florestais (EFIS).

Até ao passado dia 12, já tinham ardido em Portugal 165.122 hectares. É mais de 16 vezes a área do concelho de Lisboa.

Impressionante é também a comparação com outros países europeus, mesmo os de maior dimensão, como Espanha: a área ardida em Portugal é quase quatro vezes maior do que a que ardeu em Espanha este ano (45.821 hectares).

Até Itália, que tem tido um pico de incêndios nas últimas semanas, regista uma área ardida bastante menor do que Portugal (106.154 hectares).

Mas é com França que a comparação é mais impressionante: a área ardida em Portugal é 10 vez maior do que a francesa (16.112 hectares).

Portugal é, assim, e de longe, o país europeu com pior registo no Sistema Europeu de Informação sobre Fogos Florestais, com mais de um terço da superfície queimada na União Europeia este ano (427.833 hectares).

Comentários
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  • Rodrigo Sousa
    17 ago, 2017 Malveira 10:36
    A história vai tratar o período de governação da geringonça como o ano da tragédia ,comparável a uma guerra, onde a floresta foi bombardeada e refuzida a menos de metade.Será assim que a história vai escrever.E Marcelo vai gostar de ficar nesta história tão triste, associado a uma página mais negra da existência de Portugal. É TRISTE!
  • Vasco
    16 ago, 2017 22:29
    Com tanta incompetência a nível político e atenção que não estou aqui a apontar o dedo apenas aos que estão no governo, o país vai terminar em poucos anos na continuação do deserto do Saará, aguardamos pela reentrada dos excelentíssimos deputados na AR e logo iremos ver o tempo que estes perdem a discutir penalizações para incendiários e medidas de protecção para a floresta.
  • Diogo
    16 ago, 2017 Funchal 10:32
    Incompetentes como de resto tudo neste país...
  • Luis
    16 ago, 2017 Lisboa 08:59
    Já ardeu mais que no ano passado. Já foram detidos mais incendiários que no ano passado. Há incêndios a deflagrar a altas horas da noite em simultâneo. Há altos responsáveis a falar em "organizações terroristas" por detrás dos incêndios. Que é feito das nossas policias de investigação e de segurança. Sabe-se que as florestas estão transformadas em autênticas bombas Napalm, sabe-se que o País está numa situação de seca generalizada, sabe-se que os ventos têm sido fortes e inconstantes mas tanto incêndio já é demais. Tantos e ao mesmo tempo de dia e de noite em locais distintos já começa a ser incêndio a mais. Já começa a haver alarme publico com a tanto incêndio a deflagrar ao mesmo tempo. Assim não há bombeiro que chegue. É altura de se começar a saber o que verdadeiramente se passas. É o diabo? Travestido de incendiário?

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