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Paredes de Coura. A brincadeira de amigos venceu o “fatalismo geográfico”

16 ago, 2017 - 07:25 • Isabel Pacheco

Festival celebra 25 anos com um cartaz que vai de Kate Tempest a At the Drive-In.

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Paredes de Coura 2017 - Antecipação por Isabel Pacheco

É agora presidente da Câmara de Paredes de Coura, mas em 1993 era baixista dos Boucabaca. Vítor Pereira subiu ao palco da primeira edição do festival que ajudou a fundar. “Mais parecia um arraial minhoto”, recorda.

Entre duas a três mil pessoas estiveram presentes na praia do Tabuão nessa edição inaugural do Festival Paredes de Coura. Muitas “chegaram a levar cadeirinhas”, conta o autarca, que ainda dedilha no baixo a canção dos Joy Division que tocou naquele primeiro festival.

Hoje, os números de Paredes de Coura são muito diferentes. Em 2016, o festival juntou perto de 100 mil pessoas e o mesmo número é esperado na edição deste ano, que arranca esta quarta-feira e termina no sábado.

Na “noite de 1993” em que decidiu fazer um festival de música, o grupo de amigos queria apenas, por brincadeira, montar “alguma coisa para a juventude” da terra, conta João Carvalho, da Ritmos, a empresa organizadora.

Para João Carvalho, falar de festival na primeira edição é mesmo “um exagero”. Recorda o “amadorismo” e as peripécias das primeiras edições. “As bandas eram contratadas no café da esquina com aquela máquina dos períodos sempre a cair. Era um a contratar e outro a dizer que já tinha gastado muitos períodos”, lembra.

Apesar das dificuldades, a persistência ganhou, sobretudo quando “o festival esteve para acabar”, como nos anos de 2000 e 2004. Depois dos prejuízos de 2004, no ano seguinte, em vez da contenção, a organização apostou num “supercartaz”. “Foi uma loucura completa”, reconhece João Carvalho. “Era o vai ou racha.”

E foi. Hoje, o festival ultrapassou fronteiras. Conseguiu contrariar o “fatalismo geográfico” e é motivo de “orgulho e autoestima”, afirma o presidente da Câmara de Paredes de Coura. Diz que a juventude e os idosos sentem vaidade “quando falam do festival”.

A somar a isto, há também o “evidente retorno económico” para a vila, acrescenta o autarca. “Há comerciantes que nos dias do festival fazem 60% do negócio anual.”

At the Drive-In, Kate Tempest, Foals, Beach House, Benjamin Clementine, Car Seat Headrest, Nick Murphy (Chet Faker), Young Fathers, Andy Shauf, Mão Morta e Ty Segall são alguns dos nomes do cartaz desta edição do festival.

Da “organização amadora” ao sucesso. 25 anos de Paredes de Coura
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  • Fausto
    16 ago, 2017 Porto 21:32
    Ó Exorcista. Põe mais tabaco!
  • Exorcista
    16 ago, 2017 Taquáras 09:03
    As forças Satânicas estão a minar adolescentes e jovens, nomeadamente no que diz respeito a contos de fadas para crianças e concertos para adolescentes e jovens. Ídolos musicais, artificialmente criados como a orquestra Owsiak, são desmoralizadores da juventude. As pessoas no fim dos tempos verão como e para quem realmente musicalizava aquela orquestra hipócrita assim como muitas outras. É bom que os jovens saibam que o organizador deste show se entregou voluntariamente aos poderes do inferno, usa abertamente o símbolo do diabo e vem organizando a moderna Sodoma e Gomorra, chamado Woodstock. Os mesmos objetivos tem outros eventos tais como o Rock in Rio, Vilar de mouros, Zambujeira do Mar, entre outros que se desenrolam neste país, em particular nas férias de verão. Que um jornal mundano, uma rádio ou uma televisão, apregoar festivais de rock é compreensível, a RR fazê-lo apenas confirma as afirmações dos principais exorcistas, "Satanaz tomou conta da Igreja", e da RR também.

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