11 ago, 2017 - 12:29 • Olímpia Mairos
A Cáritas Diocesana de Vila Real escreveu a todos os párocos da diocese alertando para a “situação catastrófica” dos incêndios em Portugal, ao longo das últimas semanas, apelando à responsabilidade social para debelar este problema.
“O nosso país enfrenta um longo e extraordinário período de escassa precipitação que, associado às elevadas temperaturas estivais, elevam o risco de incêndio florestal nos nossos espaços rurais e florestais”, constata a instituição da Igreja Católica, concluindo que “a associação destes dois factores está a originar uma situação catastrófica, um pouco por todo o país, que têm dizimado vidas e bens, destruído o ambiente e as actividades económicas que ainda sustentam as populações nesses territórios rurais”.
Evocando a encíclica ‘Laudato Si’ do Papa Francisco para propor uma “verdadeira conversão ecológica”, considerando que, além do esforço pessoal, “é necessário dar uma resposta colectiva aos problemas que afectam a comunidade”, o presidente da direcção da Cáritas Diocesana de Vila Real, padre Ernesto Lúcio, manifesta “disponibilidade para apoiar as vítimas dos incêndios” na diocese transmontana.
Na missiva enviada aos sacerdotes da diocese, a Cáritas de Vila Real lembra que “num momento em que as nossas comunidades se engrandecem com a visita anual dos seus filhos, nossos emigrantes, importa alertar a todos para os perigos que o uso indevido do fogo pode originar”.
A organização da Igreja Católica apela a que todos sejam “corresponsáveis da defesa da nossa casa comum” e recorda que “é proibido o uso de qualquer forma de fogo nos espaços florestais ou rurais”, que “é obrigatória a limpeza da vegetação à volta das habitações, num raio de 50 metros”, e que “um acto inadvertido, como fumar ou usar o fogo nesta altura do ano pode ser catastrófico”.
Um dos últimos incêndios que mais preocupou as populações e autoridades no distrito de Vila Real, aconteceu esta semana, queimou 450 hectares na serra do Alvão e levou à activação do plano municipal de emergência de protecção civil.