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GNR do Porto. Patrulhas a pé para poupar os carros

08 ago, 2017 - 08:20

Comunicação alerta para um parque de viaturas muito degradado, com elevada quilometragem e com avarias constantes.

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O Comando Territorial do Porto da GNR dá ordem para poupar nos carros e quer patrulhas a pé, pois vive um "período crítico no que concerne à manutenção de viaturas", por falta de cabimento orçamental.

O “Diário de Notícias” cita uma comunicação, enviada a todas as chefias do distrito, segundo a qual os constrangimentos orçamentais para a reparação e manutenção de viaturas são de tal forma que levam a medidas de contenção rigorosas. Os militares são avisados de que "é absolutamente proibida a autorização de qualquer serviço/aquisição que origine despesa sem prévia emissão da nota de encomenda".

Reconhecendo que o parque de viaturas se encontra muito degradado, com elevada quilometragem e com avarias constantes, a GNR do Porto alerta, numa mensagem de 1 de Agosto, que "o não cumprimento destas instruções poderá fazer incorrer em responsabilidade pelo pagamento dessas despesas aos militares que as autorizarem".

Face a esta situação, o comando avançou com medidas em que sugere privilegiar o patrulhamento apeado e que as viaturas façam mais 5.000 km do que o recomendado para a mudança de óleo.

"Nos tempos que se seguem a reparação e manutenção de viaturas pode estar comprometida por falta de cabimento orçamental da unidade, expectando-se com isto que algumas viaturas fiquem vários meses sem manutenção ou na reparação", cita o jornal.

Aos comandantes de postos e chefes de núcleos foram comunicadas uma série de medidas "de modo a poupar e a rentabilizar as viaturas".

Comentários
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  • leigo Ignorante
    09 ago, 2017 Lis 09:20
    Ao Francisco, tudo isso também não se deverá ao dimensionamento feito no regime salazarista/marcelista para efeitos da guerra colonial? Claro que as Academias militares formaram oficiais que tinham de prosseguir nas carreiras!...
  • Americo
    08 ago, 2017 Leiria 20:07
    Foi Tancos, amanhã será outro ponto do País sem segurança. É nos hospitais e outros organismos do Estado que se nota esta degradação. Havemos de chegar à situação dos serviços como na URSS, onde após o derrube do muro, alguns soviéticos usavam latrinas comuns. Dinheiro só há para a Nomenklatura.
  • Manuel
    08 ago, 2017 Moura 19:19
    Não vejo qual é o mal de se fazerem patrulhas a pé, no meu tempo de juventude a polícia andava a pé, quando saía à noite em cada esquina havia um polícia, hoje de noite não se vê um polícia, isto para os " meninos da noite " é uma maravilha, partem sinais de transito, espalham garrafas de cerveja vazias pelo chão, estragam canteiros de jardins, pintam paredes e outras coisas piores. Na minha Cidade que é pequena, não se justifica a polícia andar de carro.
  • Francisco
    08 ago, 2017 Leiria 16:04
    O problema e que as sucessivas reformas das forças de segurança em Portugal "parecem ter sido determinadas mais para satisfazer .preocupações internas de progressão nas carreiras profissionais" do que para dar resposta aos problemas do País Em Coimbra, há uns anos atrás, presumo que em 2010, numa conferência sobre Justiça, Segurança e Democracia, já um oficial do Exército na reserva tecia críticas. Na altura, o Sr. major-general Augusto Monteiro Valente, numa alusão ao aumento do número de oficiais da GNR nos últimos anos, dizia: "basta fazer uma análise aos quadros de efectivos daquelas forças” para perceber as críticas. Deu como exemplo o caso da GNR, onde entre 1993 e 2010, a quantidade de generais de três e duas estrelas aumentou de quatro para onze. O número de coronéis subiu de 30 para 53 e os tenentes-coronéis passaram de 55 para 119. No que respeita a majores, há neste momento mais 72 do que há 17 anos, exemplificou o dirigente da Associação 25 de Abril." Números mais actuais, indicam que em 2016, já existiam 77 coronéis; 160 tenentes-coronéis; 131 majores e 272 capitães, a estes juntavam-se mais uns quantos oficiais superiores do Exército: 3 coronéis; 7 tenentes-coronéis e 6 majores. Só os dois Postos da subcategoria de oficiais superiores (Tenentes-coronéis e Coronéis) consomem mais de 25% do orçamento destinado aos vencimentos na GNR! Para que precisam de tantos oficiais superiores (coronéis, tenentes-coronéis, majores) ?!...
  • Ó António gonçalves
    08 ago, 2017 Lis 15:46
    Não te esqueças de votar na geringonça Isaltino aí em Oeiras!...
  • zedaroda
    08 ago, 2017 12:10
    Nos tempos em que havia respeito pelo próximo e se podia andar descansado a qualquer hora, estes senhores e os psps andavam todos a pé, faziam patrulhas de oito horas a pé com a velha Mauser ao ombro, no caso da gnr, nas localidades policiadas pela psp, havia sempre vários agentes a calcorrear as ruas. É a isto que se chama SEGURANÇA. Agora andam em lindos "popós" e nunca estão contentes, até querem fazer greve, onde é que vamos parar ?!...se não estão contentes, têm bom remédio...
  • 08 ago, 2017 aldeia 12:06
    A GNR deve servir o povo,e não servirem-se do povo,as viaturas que lhes são entregues,não são bem tratadas,não lhes custou nada,pois é o povo que as pagou.Antigamente,andavam a pé, de biciclete e a cavalo,hoje querem bons carros e aumentos,se não estão satisfeitos,façam como a maioria,procurem outro trabalho ou emigrem.
  • JSilva
    08 ago, 2017 Viseu 11:23
    Grande país este Portugal! Que as autoridades deveriam fazer mais vezes patrulhas a pé isso estou de pleno acordo, recordo-me que ainda não há muitos Anos atrás, não havia gipe ou qualquer outra viatura para o Senhor Agente se deslocar pelas ruas das localidades, na melhor das hipóteses havia viatura para as emergências, depois é que ficou tudo muito fino! No entanto obrigarem a GNR e a PSP a fazerem patrulhas a pé para poupar viaturas no mínimo é caricato! Olhem! Porquê que não fazem o mesmo com as viaturas de serviço dos políticos, gestores e altos cargos? Isto para já nem falar das viaturas Municipais porque essas não param, rolam de dia, de noite, feriados fins de semana enfim é sempre a queimar, e segundo ouço dizer e vejo a maior parte do tempo essas viaturas dos Municípios não andam ao serviço do Estado nem dos Munícipes! Cuidado que se as autoridades caminharem muito na hora de passarem coimas podem já estar muito cansadas e depois não o fazer!........ Enfim!
  • joao
    08 ago, 2017 Lisboa 11:21
    A questão não está bem posta! Mesmo com muitos carros as patrulhas a pé que têm um grande efeito devem ser uma prioridade! É inaceitável em Portugal não se ver a patrulha de dois polícias a pé que melhora muito mais a segurança e prevenção do que o passeio de carro! Bastam 2 policias a pé para melhorar a segurança num bairro inteiro! Há algo de errado com as polícias nesse aspeto! Por isso toda a gente diz:"Não se vê 1 polícia nas ruas"! Os portugueses pagam a PSP e Gnr para andarem nas ruas e não a fazer segurança às máfias das futeboladas!Para os desgovernantes já há policias a pé em grande quantidade!
  • Cidadao
    08 ago, 2017 Lisboa 10:18
    Já agora, porque não fazer como o Solnado e "atar a bala com uma guita..." e assim pode ser usada várias vezes... Caro Governo: há limites para as cativações. E a nossa segurança é um deles. Não aprenderam nada com a humilhação de Tancos?

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