04 ago, 2017 - 16:15
O cantor e compositor brasileiro, Luiz Melodia, morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 66 anos, devido ao agravamento de um cancro na medula óssea.
A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do músico, que estava internado no Hospital Quintas D'Or, no Rio de Janeiro.
Nascido no Morro do Estácio, na zona central do Rio, em janeiro de 1951, omúsico chamava-se Luiz Carlos dos Santos, mas ficou conhecido pelo nome Luiz Melodia por ser filho do sambista Oswaldo Melodia.
Melodia começou a carreira musical em 1963 com o cantor Mizinho. Na época ainda trabalhava como tipógrafo, vendedor e músico tocando em bares à noite.
No ano seguinte, formou o conjunto musical Os Instantâneos, com os amigos Manoel, Nazareno e Mizinho.
Acabou sendo descoberto pelo poeta brasileiro Wally Salomão, que o apresentou à cantora Gal Costa, artista brasileira que gravou seu primeiro sucesso, a canção “Pérola Negra”, que entrou no disco “Gal a Todo Vapor”, de 1972.
Neste mesmo ano a cantora Maria Bethânia gravou outra música de sua autoria, a icônica “Estácio, Holly Estácio”.
Luiz Melodia lançou o primeiro disco, Pérola Negra, em 1973.
Outras canções do artista ganharam grande projecção no Brasil e no exterior, destacando-se “Codinome Beija-Flor”, gravada também por seu amigo e cantor de sucesso Cazuza, além das canções “Negro Gato”, “Juventude Transviada” e “Ébano”.
Entre outras actuações, o artista subiu ao palco do Teatro Villaret, em Lisboa, em julho de 2010, tendo ainda tocado em Luanda no âmbito do Festival Internacional de Cinema da capital angolana em novembro de 2013.
O músico fez também o espectáculo da sessão de entrega da primeira edição do prémio Portugal Telecom de Literatura, em 2003, que distinguiu Bernardo Carvalho e Dalton Trevisan.
Luiz Melodia tinha 46 anos de carreira e gravou 16 discos.