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Ditador vs imperador. Maduro diz que sanções mostram “desespero e ódio” de Trump

01 ago, 2017 - 00:45

Líder venezuelano reage às sanções impostas pelos Estados Unidos.

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Ditador vs imperador. Venezuela e EUA trocam acusações
Ditador vs imperador. Venezuela e EUA trocam acusações

O Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, diz que as sanções impostas pelos Estados Unidos mostram “desespero e ódio” por parte de Donald Trump.

Maduro reage assim às sanções anunciadas esta segunda-feira pela Administração norte-americana. “O governo do imperador Trump tomou decisões contra mim como Presidente da República. São decisões que mostram a sua impotência, o seu desespero e ódio. Expressam ainda o carácter do magnata que é o imperador dos Estados Unidos”.

Na sua declaração Maduro assegurou que foi não recebe ordens de governos estrangeiros: “Nem hoje, nem nunca obedecerei a ordens imperiais”.

Os Estados Unidos impuseram sanções jurídicas e financeiras sem precedentes contra o Presidente venezuelano, congelando os seus bens e classificando-o de "ditador", em resposta à eleição de domingo de uma Assembleia Constituinte em clima de violência.

"As eleições ilegítimas de ontem [domingo] confirmam que [Nicolas] Maduro é um ditador que despreza a vontade do povo venezuelano", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, em comunicado, no qual anunciou um congelamento de "todos os bens" do Presidente venezuelano nos Estados Unidos.

As sanções impostas impedem ainda que os cidadãos americanos possam fazer qualquer negócio com Nicolas Maduro.

Os Estados Unidos consideram que a eleição da nova Assembleia Constituinte na Venezuela põe em perigo o direito do povo venezuelano à autodeterminação e prometem, por isso, "medidas fortes e rápidas" contra o governo do país.

A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, ordenou por seu lado uma investigação por crimes contra a humanidade que tenham sido cometidos após a convocatória da eleição para a Assembleia Constituinte.

Pelo menos dez pessoas morreram, na sequência de confrontos, durante a jornada eleitoral. São os números revelados pelo Ministério Público venezuelano. A oposição fala em 16.

Por cá, o PCP afirma saudar o acto de afirmação democrática da Venezuela e exige que o Governo português tenha uma "atitude de respeito pela soberania" do país. Em comunicado, os comunistas portugueses afirmam que a participação de mais de oito milhões de pessoas num país sem o voto obrigatório é uma importantíssima mensagem colectiva de defesa da paz e da democracia.

O Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, destaca por seu lado a conduta cívica dos portugueses na Venezuela, que diz que tem sido exemplar. O chefe de Estado subscreve as posições do Governo e da União Europeia sobre a crise naquele país no pós eleições e garante estar a acompanhar de perto a situação venezuelana.



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  • A Marco Visan
    02 ago, 2017 21:54
    Ditadura do proletariado fui eu o autor da ideia, milhões de mortes e presos ás mãos do comunismo talvez eu me chame Estaline ou Mao, Castro ou coisa parecida, vá-se curar que o seu estado de demência é bastante grave!.
  • Miguel Botelho
    02 ago, 2017 Lisboa 21:46
    Paula Fernandes de Aveiro, o seu comentário depreende uma ignorância deste processo. A Assembleia Nacional Constituinte foi votada porque a oposição bloqueou todo o processo legislativo da Assembleia Nacional. A medida de Maduro é para implementar as leis que travam a oposição de causar mais estragos nas ruas, bem como de exercer repressão sobre civis, como fez desde Abril. Esta oposição que a Paula Fernandes desconhece de todo, foi ao ponto de prender civis, de os desnudar, atar a postes e árvores e de os torturar. Ao mesmo tempo, a mesma oposição, através dos chamados «guarimberos» e «encapuchados» também incendiou pessoas vivas, uma delas morreu ao fim de dias. Estas represálias eram cometidas em pessoas que os mesmos terroristas pensavam ser «chavistas». Já agora saliento a violência cometida na fronteira entre Colômbia e Venezuela, onde paramilitares foram destacados para atirar contra os votantes destas eleições. Tudo é bonito para a Paula Fernandes quando se trata de desinformação. Na realidade, o processo é mais complexo e se entendem as razões pelas quais o governo de Maduro escolheu o caminho da Constituinte.
  • Marco Visan
    02 ago, 2017 Lisboa 18:47
    As crónicas de Feijão Frade se alguma coisa têm, é demasiado tempero. Feijão Frade chama de fascista ao Partido Comunista e também o caracteriza por ditador, como se este partido fosse uma pessoa. Diz que dão atenção ao PCP por medo ou colaboracionismo? Ó Sr. Frade, o que é que vai nessa cabeça? Será demasiado feijão ou serradura? Se for feijão é porque o deixou estragar.
  • feijão frade
    01 ago, 2017 23:02
    Estão por aqui alguns comentadores admirados (penso que ironicamente) com o apoio do PCP ao ditador fascista Maduro mas eu estou mais admirado como é que em democracia se aceitam partidos que à partida não aceitam esta, é o nosso caso, o PCP não é o único partido fascista e ditador que por cá milita e portanto democracias deste género nunca irão longe certamente, note-se ainda como certa comunicação social por cá dá ainda cobertura a partidos desta espécie, uns parece-me que por medo outros por colaboracionismo.
  • cesar
    01 ago, 2017 évora 15:20
    Tão amigos que eles eram !
  • Paula Fernandes
    01 ago, 2017 Aveiro 10:14
    As eleições de domingo representam mais um passo na Venezuela rumo à ditadura absoluta. O governo convocou uma Assembléia Constituinte, com candidatos escolhidos pelo próprio regime, e com uma distribuição de cadeiras que favorece os estados onde o apoio ao chavismo é maior. Além disso, parte das cadeiras será reservada para "representantes dos movimentos sociais", novamente escolhidos pelo governo. Em meio à falta de tudo, à fome e ao desespero, milhões de venezuelanos protestam há meses e são reprimidos violentamente pelo exército e por milícias que estão sob o controle do partido no poder. Mais de 200 pessoas já foram mortas nos protestos, mais de 400 opositores políticos estão presos, e há relatos sistemáticos de torturas. A Assembléia atual já foi de fato desautorizada pelo Supremo do país, que é dominada por juízes chavistas. O próprio presidente (ditador) Maduro já anunciou que um dos objetivos da Assembléia Constituinte é acabar com a imunidade parlamentar e assim colocar todos os deputados da oposição na cadeia. A votação de domingo ocorreu sob um decreto que proíbe qualquer protesto, sob pena de prisão e morte, com militares e milícias nas ruas. Mais do que isso, como o governo tem o controle exato de quem vota, eleitores mais pobres são obrigados a votar para legitimar a farsa, sob risco de perder acesso à caderneta de comida. Tudo acontece com o apoio explícito da esquerda brasileira, especialmente PT, PCdoB e PDT, e agora vejo que também com o apoio do PC Português. Todos lançaram uma nota de apoio a Maduro. Nada de novo! Afinal ficar no poder para sempre, sem olhar a meios, é o sonho desta turma
  • JAG
    01 ago, 2017 PORTO 10:11
    Que dizem os portugueses da declaração feita pelo nosso Democratico PCP ? Saúda acto de afirmação democrática a Maduro.Isto será normal? Então o PCP apoia gente desta ? Ditadores? Isto está a passar-se no meu Portugal? Afinal que partido é este? Isto é uma vergonha.
  • João
    01 ago, 2017 Lisboa 10:00
    Como é possível haver gente que alinhe na conversa destes monstro? Essa é a prova que há gente incapaz de ver além dos seus interesses! O mundo está a caminhar para uma série de ditaduras, que têm em comum o controlo dos estados por um só homem que se acha acima dos outros, ter à sua volta uma corte de imbecis amestrados que o seguem para tudo no o fito de continuarem a ser o núcleo privilegiado em relação ao todo nacional e o ódio incondicional aos EUA ou à democracia como é entendida no Ocidente. Impedem a participação da oposição, amordaçam-na e prendem os seus lideres, o povo por sua vez vive cada vez pior, enquanto vemos estes monstros rodeados de riqueza e ostentação. Falam muito dos americanos mas os seus presidentes não se sentam em cadeiras de ouro, autênticos tronos, em que estes monstros tanto gostam de se exibir, como se não houvesse mais homens naqueles países! Este miserável, será mais um, na lista de velhacos e gente ignóbil na história execrável que gente desta tem escrito na História do Mundo.
  • VICTOR MARQUES
    01 ago, 2017 Matosinhos 09:48
    Tudo o que está "maduro", mais cedo ou mais tarde...apodrece!
  • JPTuga
    01 ago, 2017 Lisboa 09:48
    Sugiro a alguns dos comentadores que este ano passem as férias na Venezuela. Tentem entrar e se conseguirem, passem umas óptimas férias. Eu cá por mim, prefiro os Estados Unidos mesmo com o Trump. E já que falamos nisso. Há em Portugal um partido que "saúda" a vitória de Maduro e ainda há quem vote neles. Segundo eles, as Ditaduras são péssimas, mas só se forem Direita. As Ditaduras de Esquerda são uma maravilha...

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