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Marcelo considera "inevitável" debate sobre fogos no país

30 jul, 2017 - 21:10

"Há uma lição que é evidente, é que ninguém esquecerá o que se passou e haverá uma reflexão nacional sobre isso", afirma o Presidente da República.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera "importante" e "inevitável" desenvolver um debate nacional sobre a problemática dos incêndios, aguardando pelo final da época de fogos para que ocorra uma avaliação da situação.

"Vamos ver, ainda falta o mês de Agosto e, portanto, vamos esperar para depois, com distância, podermos avaliar a situação. E há uma lição que é evidente, é que ninguém esquecerá o que se passou e haverá uma reflexão nacional sobre isso", disse.

Para o chefe de Estado, que falava aos jornalistas em Marvão, no distrito de Portalegre, à margem do encerramento do quarto Festival Internacional de Música de Marvão, "é mais do que importante, é inevitável", desenvolver um debate sobre a problemática dos incêndios no país.

Sobre a suposta falta de comando e descoordenação por parte das autoridades no combate às chamas, o Presidente da República voltou a sublinhar que é importante "esperar pelo fim" da época de incêndios, para depois ser feita uma avaliação.

Questionado sobre o "longo período de recuperação" que as populações afectadas pelos incêndios têm pela frente, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a replicar que é preciso "esperar" para ver a avaliação que está a ser desenvolvida.

"Vamos esperar para ver a avaliação, ainda estamos num período de fogos e depois, com distância, daqui por um mês, mês e meio, aguardando as conclusões daquilo que vai ser ou já está a ser investigado se falará", disse.

O Presidente da República visitou hoje à tarde o concelho de Nisa, no distrito de Portalegre, fustigado por três incêndios florestais na última semana, onde elogiou o papel dos bombeiros, forças armadas e de voluntários.

Em Marvão, Marcelo Rebelo de Sousa reportou que encontrou o concelho de Nisa de uma forma "finalmente serena", após quatro dias" muito trabalhosos, muito difíceis e muito sofridos".

"Vi uma população a reagir com muita firmeza, muita determinação", sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa começou por visitar em Nisa a cantina do centro escolar da vila de Nisa, onde foram servidas as refeições aos bombeiros e militares empenhados no combate às chamas, tendo elogiado o "papel cívico" dos voluntários, além de se mostrar "impressionado" com a organização, "num espaço de tempo muito concentrado" de quatro dias.

Acompanhado pela presidente da Câmara de Nisa, Idalina Trindade, o chefe de Estado assistiu depois a um 'briefing' no posto de comando, antes de visitar uma das aldeias, Amieira do Tejo, que esteve ameaçada pelas chamas.

Os três incêndios florestais que assolaram o concelho, o último deles na tarde de sábado, perto de Montalvão, estão todos em fase de vigilância, o que levou à desactivação, no sábado à noite, do Plano Municipal de Emergência e Protecção Civil.

Comentários
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  • Carlos Costa
    31 jul, 2017 Santarem 00:27
    Quando o Sr Presidente da República retirar a mão que sustenta o 1º ministro,talvez aí se faça esse debate!!!! Até lá................
  • Cidadao
    31 jul, 2017 Viseu 00:06
    Mas nao se faz outra coisa, e debates para tudo, comissoes de inquerito, estudos, e por ai fora, que espremidos, raramente mudam sejam o que,for, por isso é que ao fim,de tantos anos, nada se fez que tenha sido um verdadeiro beneficio para a floresta, e habitantes. Os milhoes continuam a entrar, isso sim, mas para onde, nao se sabe. Ja agora, quem é que ira gerir todas as ajudas monetárias oferecidas para Pedrogao?
  • GERINGONÇOS DA TRETA
    30 jul, 2017 Lx 22:28
    Sr.Presidente, chega de conversa fiada e de protecção aos geringonços incompetentes...
  • Bela
    30 jul, 2017 Coimbra 21:32
    Infelizmente o povo tem memória curta. E a dos políticos é tão fugaz como os incêndios.

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