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CGTP diz que Altice mostra “medo” ao impedir delegação de entrar na PT

28 jul, 2017 - 14:36

"A Altice não vive acima da lei”, diz o secretário-geral da central, Arménio Carlos, exigindo ao Governo que intervenha.

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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou, esta sexta-feira, a Altice de ter impedido a entrada de uma delegação desta central sindical nas instalações da PT Portugal, no Porto, acusando-a de mostrar uma posição "de fraqueza e medo".

Um grupo ligado à CGTP, encabeçado por Arménio Carlos, chegou ao prédio que acolhe a PT Portugal, empresa detida pelo grupo Altice, cerca das 10h30, tendo saído pouco depois, com o secretário-geral da central sindical a comunicar aos jornalistas ter sido impedido de contactar com trabalhadores da PT/MEO, pelo que iria aguardar por uma concentração que entretanto aconteceu à hora de almoço.

"A Altice com esta atitude está a demonstrar uma posição que não é de força. É de fraqueza, é de medo. Sabe perfeitamente que a nossa visita aqui hoje iria confirmar que continuam a estar aqui os trabalhadores que foram envolvidos na transmissão de estabelecimento, a ocupar os mesmos postos de trabalho, a corresponder às mesmas necessidades de serviço e a confirmar que há uma fraude e que essa fraude se mantém", disse Arménio Carlos que tinha realizado uma visita idêntica na semana passada.

O secretário-geral da CGTP acusou a Altice de cometer "mais uma ilegalidade", garantindo que "os sindicatos da CGTP informaram antecipadamente, e como a lei estabelece, a Altice de que uma delegação da CGTP iria contactar os trabalhadores" e prometeu "dar resposta", envolvendo do Governo.

"O Governo perante esta situação não pode deixar de ter uma intervenção imediata porque estão aqui em causa direitos individuais de trabalhadores e a liberdade sindical. A liberdade sindical é um dos pilares da democracia. Os direitos dos trabalhadores e a ação dos sindicatos não podem ficar à porta das empresas por muito poder que a Altice tenha", disse Arménio Carlos.

De acordo com o líder da CGTP a Autoridade para as Condições do Trabalho foi informada da situação, bem como o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, bem como vários membros do Governo.

A agência Lusa contactou a PT Portugal para solicitar uma reação a estas acusações, tendo a fonte oficial da empresa respondido via 'email': "A MEO informa de que, não tendo sido cumpridos os requisitos legais em vigor, nomeadamente o pré-aviso mínimo de 48 horas e a informação clara do objeto do pedido, e por uma questão de equidade para com outras as entidades que submetem pedidos semelhantes, não foi possível autorizar a entrada do secretário-geral da CGTP nas instalações da MEO no Porto".

Entretanto, a concentração de trabalhadores realizou-se cerca das 12:30 junto às instalações da PT Portugal, reunindo cerca de 200 trabalhadores que gritaram "a luta continua", entre outras mensagens, junto a uma faixa na qual se lia "Contra a destruição da PT. O Governo tem de intervir".

Os sindicatos e a comissão de trabalhadores pedem que seja revertido o plano de reestruturação que está a ser levado a cabo pelo grupo, falando em saída de 37 trabalhadores, aos quais se somam 155 em situação de transmissão de estabelecimento e entre 100 e 200 sem tarefas atribuídas.

Em 30 de junho foi tornado público que a PT Portugal iria transferir 118 trabalhadores para empresa do grupo Altice - Tnord e a Sudtel - e ainda para a Visabeira, utilizando a figura de transmissão de estabelecimento, cujo processo estará concluído no final deste mês.

Antes, no início de junho, a operadora, comprada pelo grupo francês Altice há dois anos, tinha anunciado a transferência de 37 trabalhadores da área informática da PT Portugal para a Winprovit.

[notícia actualizada ás 15h19]

Comentários
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  • desempregado
    29 jul, 2017 coimbra 19:02
    E se forem para o desemprego, onde está o mal ? São mais que os outros ? POIS É BOM QUE TODOS PASSEM PELO MESMO, penam é não acontecer o mesmo com a GAJADA DA ASSEMB LEIA DA REPÚBLICA E DESTES SINDICATOS . Que se lixem.
  • PANTOMINEIRO ARMÉNIO
    28 jul, 2017 Lx 16:58
    Este kamarada vive à margem da lei há imensas décadas.Nada produz e faz da sua função uma pantomina que usa a seu bel prazer. Já há muito que não defende trabalhadores mas apenas o seu stauo quo..É um bandalho do pior que a abrilada produziu. Um dolce fare niente este populista demagogo. Deveria ir para a Venezuela combater a ditadura que por lá grassa...Assim temos que aturar este imbecil...
  • mendes
    28 jul, 2017 braga 16:54
    este palerma ja esqueceu que foi a cjtp com a sua politica de ameacas e greves que destruiu a mondex em rio tinto e outras tantas empresas que teem fechado e os trabalhadores vao para o desemprego cgtp pcp be deviam lavar a boca quando falam em nome dos trabalhadores recordo me de uma greve nos stcp do porto com a cjtp a frente e atras uma centena de pessoas que nunca foram nem eram trabalhadores dessa empresa

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