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Castelo Branco ganha dois novos museus

27 jul, 2017 - 15:41

Museu Têxtil e Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco são os novos espaços que a autarquia de Castelo Branco espera que potenciem o turismo e economia local. A Renascença foi conhecer os dois novos espaços.

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Há dois espaços museológicos novos para visitar em Castelo Branco. Um com carácter industrial, outro mais artesanal. Em Cebolais de Cima abre este sábado o novo Museu Têxtil que nasce nas instalações da antiga Fábrica da Corga onde nos anos 50 se começou a fazer a fiação e tecelagem de lãs. Hoje as máquinas daquela nave industrial que deixaram de funcionar na década de 90 foram recuperadas e estão de novo a funcionar. A ideia, explica o autarca de Castelo Branco à Renascença, é fazer “um museu vivo”.

A autarquia “comprou esta fábrica abandonada há mais de 30 anos” indica o presidente Luis Correia que explica que o museu vai permitir “perceber a transformação da lã em tecido”.

O autarca recorda a emoção que a população das freguesias de Cebolais de Cima e Retaxo sentiu quando voltou a ouvir a buzina industrial da fábrica a ecoar na região. Há uma “vertente social do envolvimento da população, o reviver da indústria” diz Luis Correia que aposta também numa “vertente turística” para a região.

O Bordado de Castelo Branco feito ao vivo

A par do novo Museu Têxtil, abriu também esta semana em Castelo Branco com a presença do Ministro da Cultura Luis Filipe Castro Mendes, o novo Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco.

O museu, de carácter mais artesanal, está situado num edifício no coração da cidade que já foi cadeira, biblioteca e sede da autarquia. Em dois andares e num espaço recuperado é possível perceber a história do Bordado de Castelo Branco, desde a apanha do linho até às linhas de seda passando pelos teares antigos e terminando numa oficina onde estão bordadoras a fazer, ao vivo, os Bordados de Castelo Branco

Esta semana o programa Ensaio Geral da Renascença, que vai par o ar sexta-feira depois das 23h, é dedicado a este novo museu. A bordadora Lurdes Baptista diz que já perdeu a conta aos bordados que fez, fala num trabalho “digno” e sublinha a importância da certificação do Bordado de Castelo Branco que está em curso.

Também em declarações à Renascença, Cláudia Silva da oficina do Bordado de Castelo Branco destaca a exposição que vai ter lugar em Setembro na Catedral de Manchester, em Inglaterra. Trata-se de um trabalho da artista Cristina Rodrigues que já está pronta a partir e onde “é pensado o contemporâneo” diz Cláudia Silva que explica que o bordado tem vindo a adaptar-se a outras utilizações. Nesta altura a oficina prepara uma encomenda de roupa de cama para hotéis de luxo.

Cultura e turismo

Distrito muito afectado pelo despovoamento e desemprego, Castelo Branco vira-se para a cultura.

“Com a construção desta rede de museus” diz-nos o autarca Luis Correia, o concelho de Castelo Branco quer criar uma alavanca para a economia local e a “base da produção turística” da região.

À Renascença o autarca indica que Castelo Branco fica agora com “nove museus, três deles dedicados ao Bordado de Castelo Branco”. Além do Museu Têxtil que embora inaugure agora, só irá receber visitantes a partir de Setembro, Castelo Branco tem também outros espaços visitáveis incluídos na Rota dos Museus, são eles o Museu Cargaleiro, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, a Casa da Memória da Presença Judaica, o Museu da Seda, o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, o Museu do Canteiro em Alcains e o Núcleo Etnográfico de Lousa.

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