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Fortuna dos 25 portugueses mais ricos aumentou no último ano

26 jul, 2017 - 20:58 • Sandra Afonso

A família Amorim lidera a lista da revista "Exame". Os mais ricos de Portugal somam 18,8 mil milhões de euros, ou seja, 10% da riqueza do país.

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Os portugueses ricos estão ainda mais ricos. As 25 maiores fortunas de Portugal aumentaram quase 4 mil milhões de euros, já valem 10% do Produto Interno Bruto (PIB), revela a lista anual da revista “Exame”.

Com a morte de Américo Amorim os herdeiros surgem agora no topo da lista como os mais ricos do país, seguidos de Soares dos Santos.

Pelo quarto ano consecutivo as fortunas dos 25 mais ricos do país voltaram a crescer. Já somam 18,8 mil milhões de euros, ou seja, 10% da riqueza do país é deles.

Só as três maiores fortunas representam quase 8 mil milhões de euros. Num ano ganharam mais mil milhões.

No topo da lista está a família Amorim, com 3,8 mil milhões, a maior avaliação desde 2014, à conta da Galp e da Corticeira Amorim.

A fortuna da família Amorim é superior à do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que segundo a Forbes tem património avaliado em cerca de 3 mil milhões de euros.

Em segundo lugar surge Soares dos Santos. A fortuna do líder da Jerónimo Martins subiu 500 milhões de euros, para mais de 2,5 mil milhões, graças à valorização das acções da dona do Pingo Doce.

A família Guimarães de Mello ocupa terceiro lugar. A fortuna já se aproxima dos 1,5 mil milhões de euros, com os investimentos no Grupo José de Mello, Brisa, CUF e Efacec.

Belmiro de Azevedo, que já foi o homem mais rico de Portugal, continua no quarto lugar e recuperou alguns milhões de euros.

Maria Isabel dos Santos, uma das principais accionistas do grupo Jerónimo Martins, também está mais rica e é de novo a mulher com mais dinheiro no país.

Destaque ainda para uma nova entrada: Maud e Pedro Queiroz Pereira, no 10.º lugar, com a subida em bolsa da Semapa.

Os 10 mais do ranking da revista “Exame”

1. Família Amorim: 3840 milhões de euros

2. Alexandre Soares dos Santos: 2532 milhões (vs. 2078 milhões de euros no ranking anterior, quando já era segundo)

3. Família Guimarães de Mello: 1471 milhões (vs. 1285 milhões de euros, mantendo o terceiro lugar no ranking)

4. Belmiro de Azevedo: 1311 milhões (vs. 1150 milhões de euros, mantendo o quarto lugar no ranking)

5. António da Silva Rodrigues: 1038 milhões (vs. 1115 milhões de euros no estudo anterior, já figurando no quinto lugar)

6. Família Alves Ribeiro: 952 milhões (contra os 972 milhões de euros anteriores mas mantém lugar)

7. Fernando Figueiredo dos Santos: 664 milhões (vs. 545,5 milhões de euros. Era 9.º no ano anterior)

8. Maria Isabel dos Santos: 664 milhões (vs. 545,5 milhões de euros, mantendo 8.º lugar)

9. Fernando Campos Nunes: 575 milhões (vs. 561,9 milhões de euros no ano passado, mantendo lugar)

10. Maud e Pedro Queiroz Pereira: 569 milhões (vs. 341 milhões em 2016. Entram assim no top 10)

Comentários
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  • É isto aí
    28 jul, 2017 algures, a 2 horas de avião de lisboa 11:03
    A riqueza dos mais ricos aumentou mas os salários miseráveis mantêm-se congelados. Estes ricos ainda se dão ao belo prazer de colocar trabalhadores a contratos precários, depois vão rodando com outros, mas o governo neste sentido nada faz, pois ele também segue as mesmas práticas. Simplesmente vergonhoso. Este país, as famílias neste país estão condenadas, tanto pela parte destes empresários sem escrúpulos como por estes governantes medíocres que governam todos quase da mesma forma, retirando aos mais pobres para que os ricos engrandeçam cada vez mais as suas contas. Pois, é a tendencia do sec. XXI, a concentração de grandes riquezas e o seu aumento, mas por outro a miséria extrema. Ah, já sei, agora vão dizer mas porque é que também não foste empresário, na cabeça destes só quem é empresário e por ser empresário é que é o mais inteligente, é o dono do mundo, poderá ter toda a riqueza, mas os trabalhadores com o salário mínimo para passar fome, ainda que sejam estes muitas vezes que façam o trabalho. É claro, as máquinas também já substituem muitos trabalhadores. Mas os empresários, alguns têm sorte, porque também têm o dinheiro para investir e investem muitas vezes em coisas que por si só já são de criar riquezas, outros investem e não têm a mesma sorte. Faz-me lembrar um bar que fica à beira mar na minha cidade em que aos fins de semana à noite centenas de pessoas se concentram na esplanada e nem é preciso musica, outros à noite, mesmo no verão, estão às moscas.
  • José
    27 jul, 2017 Braga 15:34
    Olá, boa tarde LUÍS RIBEIRO. Concordo inteiramente consigo. Muito incisivo na sua opinião, chamando à atenção para determinados problemas sérios... E que pelos visto, não vêm ou não querem ver...Sem dúvida, muito interessante...
  • Luis Ribeiro
    27 jul, 2017 Faro 05:45
    Estes valores permitem fazer muitas conclusoes. Desde logo, com empresas que permitem tamanha concentraçao de riqueza nos proprietarios, seria logico que o nivel remuneratorio dos seus empregados fosse tambem ele aliciante. Imaginem, a cara de felicidade dos pobres empregados, por exemplo, do Pingo Doce ou do Continente... Outra conclusao interessante é onde essa riqueza é gerada, que sectores. E vejamos como o retalho permite uma concentraçao brutal de riqueza. Se quisermos, reparem como essas areas conseguem margens de lucro obscenas graças a selecçao de produtores que exploram ao limite ou para além dele, dos ordenados miseraveis que pagam a colaboradores. Lembrando um genio da ciencia de Loures, realmente o problema são mesmo os ciganos.. Perante isto, levanta-se a questão: para quando o Governo decide alterar o Imposto de Selo de forma a tributar a passagem de grandes fortunas como estas 25 citadas, deixando de isentar os descendentes? Como é possivel, como ontem se constatou legislar um aumento do IVA na electricidade que castigou 5 vezes mais os pobres que os ricos e permitir que a redistribuiçao da riqueza seja cada vez mais rigida, protegendo esta aberraçao de acumulaçao de riqueza? Os "verdadeiros ciganos" estão identificados, tem nomes e tem numeros. Não vivem em Loures, não se fazem transportar de burro nem vigarizem com o numero de filhos para obter mais um subsidio. Mas são muito, muito piores que eles. Para que se conste.

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