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Lista de Pedrógão. Costa lamenta "episódio excepcional na história da nossa vida democrática"

26 jul, 2017 - 19:46

"Só numa ditadura é possível esconder número de vitimas", afirma o primeiro-ministro, que lamenta as tentativas de aproveitamento político da tragédia.

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Lista de Pedrógão. Costa critica aproveitamento político
Lista de Pedrógão. Costa critica aproveitamento político

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O primeiro-ministro, António Costa, lamenta o episódio das dúvidas em torno da lista de vítimas mortais de Pedrógão Grande e fala em tentativa de aproveitamento político, numa referência ao ultimato lançado pelo PSD.

"Considero lamentável este episódio excepcional na história da nossa vida democrática e espero que esta semana tenha servido de lição para toda a gente", declarou António Costa em conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Para o primeiro-ministro, a acusação feita ao Governo de estar a esconder o número de vítimas da tragédia de Pedrógão Grande foi das "mais parvas" que já viu.

Até 14 de Julho "não havia segredo de justiça" e "ninguém solicitou nenhuma lista". "A polémica surge e só quando resolveram especular e acusar o Governo de estar a esconder o número de vítimas", lamentou.

"Como disse o Presidente ontem, só numa ditadura é possível esconder número de vitimas. Se havia alguém com interesse em divulgar o número de vítimas era o Governo para acabar com a especulação."

Nestas declarações aos jornalistas, António Costa explica que, após a polémica surgida no fim-de-semana, falou com a procuradora-geral da República e que Joana Marques Vidal lhe disse que o nome das vítimas estava abrangido pelo segredo de justiça.

A Procuradoria acabou ontem por revelar a lista de vítimas mortais de Pedrógão Grande, depois de o PSD ter feito um ultimato ao Governo, colocando um ponto final nos rumores.

“Estou muito satisfeito que a revelação tenha posto cobro a esta especulação e confirmado o que as autoridades tinham dito nas últimas semanas. É uma boa altura para, em vez de andarmos a especular com fontes não confirmadas com listas que tinham várias incorrecções, confiemos nas instituições técnicas do Estado”, defende o chefe do Governo.

“Quem define as pessoas que falecem ou não, as causas, não sou eu, nem a ministra, nem a Protecção Civil, é Instituto Nacional de Medicina Legal que cumpre normas técnicas para o poder fazer”, sublinha.

A Procuradoria-Geral da República invocou a tranquilidade pública para divulgar a lista oficial de mortos do incêndio de Pedrógão, algo que segunda-feira garantia não poder fazer por se encontrar em segredo de justiça. A lista mantém o número oficial de 64 mortos directos.

Comentários
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  • Jose Magalhães
    27 jul, 2017 Lisboa 07:26
    É claro que a carapuça serve muito bem em quem a está a usar. É de boa educação e obrigação do PSD e do seu novo jovem porta voz , bem como assim tambem à Sra Cristas em seu nome e não sei se do CDS também, virem à Praça pública apresentar o que se lhes oferece o assunto.
  • Pedro Cabral
    27 jul, 2017 Portugal 06:20
    Em Portugal a politica e os políticos de polichinelo é o normal. Recordam-se do narigudo Sócrates?! Agora temos o exótico e gordinho usurpador Costa o qual ainda ninguém conseguiu explicar como chegou a PM!? Excepcional em Portugal só mesmo Amália e o Moçambicano Eusébio!
  • Cidadao
    27 jul, 2017 Viseu 06:15
    Afinal a lista acabou por sair, ou nao? As pressoes surtiram efeito.
  • João gil
    27 jul, 2017 Lisboa 03:43
    Governo vergonhoso em tudo o que respeita à questão dos incêndios florestais. Incompetência e imoralidade absolutas. Do PM nem vale a pena falar. Miserável, apenas.
  • Fausto
    27 jul, 2017 Lisboa 02:25
    Afinal quem é que anda a pegar fogo à floresta...tanta desculpa...não me digam que todos os anos dá na tola duma velhota qualquer...andar de isqueiro na mão pela mata fora...
  • anónimo
    27 jul, 2017 01:27
    É incrível, como alguns políticos do faz de conta, fazem aproveitamento de tão grande tragédia que aconteceu, em Pedrógão. Esses políticos de meia tigela, que tenham vergonha. Os Portugueses, estão envergonhados, e doridos. e esperam com brevidade que este Governo, os ajude.
  • Constança
    27 jul, 2017 Coimbra 00:50
    Nunca, em tão pouco tempo, ouvi tantas vezes a expressão "medida de excepção" para justificar o injustificável. Que desnorte! Daí disparar em todas as direcções.
  • Zé Povinho
    27 jul, 2017 Lisboa 00:49
    Há por aqui tanto comentador ressabiado e frustrado!!! Cara sra. Carla Ribeiro: não é o governo que anda a arear fogos. Eles saao combatidos por organismos próprios e não pelo governo! Caro sr. Pedro Matos, a divida aumento, nao por incompetência do governo mas sim porque houve mais devoluções de IRS. Nao acha bem. o gover devolver o dinheiro que cobrou a nais? É só gente mesquinha que tentam a todo o custo arranjar sarlhos!
  • Ela
    27 jul, 2017 Lisboa 00:34
    O desespero da oposição é patente em certos comentários. Bem andou a Procuradoria ao revelar a lista e acabar com este vergonhoso desrespeito por aqueles que morreram e suas famílias. Fazer politiquice com um assunto destes diz bem da real envergadura moral (ou da falta dela) de alguns. Viola no saco!
  • A.Pereira
    27 jul, 2017 Viana do Castelo 00:24
    Gostava muito de saber o porquê de me censurarem o meu comentário de há meia hora. Não escrevi palavras obscenas, não insultei ninguém, apenas discordei deste primeiro ministro e da sua postura politica. Afinal a Censura não acabou com o 25A

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