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Procuradoria divulga lista de mortos de Pedrógão

25 jul, 2017 - 21:25

A procuradoria mantém que são apenas 64 as vítimas directas e mais dois outros casos em investigação.

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A Procuradoria-geral da República invoca a tranquilidade pública para divulgar a lista oficial de mortos do incêndio de Pedrógão, algo que ainda ontem garantia não poder fazer por se encontrar em segredo de justiça. A lista mantém o número oficial de 64 mortos directos.

Na nota, a procuradoria diz que inquiriu esta terça-feira a testemunha Isabel Monteiro que, nos últimos dias, veio a público dizer que tinha uma listagem com cerca de 80 nomes de pessoas que tinham morrido no incêndio de Pedrógão.

“Da análise dos elementos recolhidos apurou-se a existência de diversas imprecisões quanto à identificação das pessoas indicadas na referida lista, bem como repetição de nomes em, pelo menos, seis situações. Conclui-se, assim, existir coincidência entre os nomes das vítimas mortais já identificadas no inquérito e os constantes da lista publicitada pela testemunha, com excepção de Alzira Carvalho da Costa e de José Rosa Tomás.”

Alzira Carvalho da Costa é, segundo a PGR a vítima que morreu de atropelamento quando fugia do incêndio e que, por isso, está a ser investigada no âmbito de outro inquérito.

“Quanto a José Rosa Tomás, cuja causa de morte, até ao momento, não está sinalizada como directamente relacionada com o incêndio, o Ministério Público não deixará de recolher elementos com vista a definir todas as circunstâncias em que a mesma ocorreu”, explica.

“Renova-se o apelo para que todos os que tenham conhecimento de quaisquer factos relacionados com os incêndios de Pedrógão Grande os transmitam ao Ministério Público”, termina o comunicado.

Segundo a PGR, a lista é divulgada ao abrigo do art.º 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, que diz que "o segredo de justiça não impede a prestação de esclarecimentos públicos pela autoridade judiciária, quando forem necessários ao restabelecimento da verdade e não prejudicarem a investigação" incluindo "para garantir a segurança de pessoas e bens ou a tranquilidade pública".

Os nomes das 64 vítimas mortais são, segundo a lista da PGR:

Afonso dos Santos Conceição

Américo Bráz Rodrigues

Ana Isabel Nunes Henriques

Ana Mafalda Pereira da Silva Correia Lacerda

Ana Maria Correia Fernandes Boleo Tomé

Anabela Lourenço Quevedo Esteves

Anabela Maria da Silva Lopes Carvalho

Anabela Pereira Araújo

António Lacerda Lopes da Costa

António Manuel Damásio Nunes

António Vaz Lopes

Armindo Rodrigues Medeiros

Aurora Conceição Abreu

Bianca Antunes Henriques Nunes

Bianca Sousa Machado Didia

Maria dos Santos Lopes Augusto

Diogo Manuel Carvalho Costa

Eduardo Antunes Costa

Eliana Cristina Fernandes Francisco Damásio

Fátima Maria Carvalho

Fausto Dias Lopes da Costa

Felismina Rosa Nunes Ramalho

Fernando Fonseca Abreu

Fernando Freire dos Santos

Fernando Rui Simões Mendes da Silva

Gonçalo Fernando Correia Conceição

Jaime Mendes Luis

Joana Marques Pinhal

Joaquim Lacerda Lopes da Costa

José Henriques da Silva

José Maria Nunes Graça

Ligia Isabel Libório Sousa

Luciano Maria Joaquim

Lucilia da Conceição Simões

Luis Fernando Benedetti Piazza Mendes Silva

Manuel Abreu Fidalgo

Manuel André de Almeida

Manuel Bernardo

Margarida Marques Pinhal

Maria Arminda Antunes de Bastos Godinho e Abreu

Maria Augusta Henriques Ferreira

Maria Cipriana Farinha Branco Almeida

Maria Cristina da Silva Gonçalves

Maria da Conceição Ribeiro Nunes Graça

Maria Helena Simões Henriques da Silva

Maria Leonor Arnauth Neves

Maria Luisa Araújo Courela Antunes Rosa

Maria Odete dos Santos Anacleto Bernardo

Maria Odete Rosa Rodrigues

Mário Fernando Antunes Carvalho

Martim Miguel Sousa Machado

Miguel Santos Lopes da Costa

Nelson André Damásio Nunes

Paulo Miguel Valente da Silva

Ricardo Carvalho Martins

Rodrigo Miguel Cardita Rosário

Sara Elisa Dinis Costa

Sara Peralta Antunes

Sérgio Filipe Quintas Duarte

Sérgio Teixeira Machado

Sidnel Belchior Vaz do Rosário

Susana Maria Guerreiro Marques Pinhal

Vasco Antunes Rosa

Vitor Manuel da Conceição Passos Rosa

Comentários
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  • rosinda
    01 ago, 2017 palmela 12:00
    Marisa matias e um alvo a abater! Nunca pensei que uma candidata a presidente da republica fosse tao desprovida de sentimentos quando li o que aquela mulher disse em relacao a lista de mortos! Um dia que ela morra a comunicacao social que nao divulgue a noticia da sua morte em respeito a familia dela!
  • Manuel
    26 jul, 2017 Amarante 22:34
    Se fosse a esquerda a pedir alista o ministério público não a divulgava Assim quis salvar os que se dizem sociais democratas que se dizem do centro direita
  • tiro no pé
    26 jul, 2017 22:24
    Com tanto secretismo acabaram por alimentar dúvidas e especulação desnecessária, ainda não estamos num regime comunista penso eu!.
  • lberto
    26 jul, 2017 FUNCHAL 16:37
    Não era crime divulgar a Lista? Sr. Costa...chame a Polícia!!
  • José
    26 jul, 2017 Sintra 14:46
    Será que a PGR cuidou de obter autorização dos familiares das vítimas para divulgar os nomes?
  • Vera
    26 jul, 2017 Palmela 12:11
    já agora, podiam fazer também uma lista dos reformados que recebem 300 euros, dos que recebem dois ordenados mínimos, três ordenados mínimos, 5 ordenados mínimos, 10 ordenados mínimos... E deixarem os falecidos em paz! as famílias sabem muito bem, quem morreu no incêndio!!! não era preciso serem alistados publicamente! até parece um edital dum crematório. Admira não terem posto as fotografias! Que tristeza! meu Deus.
  • José Proença
    26 jul, 2017 Castelo Branco 10:02
    Acima de tudo, devemos respeitar a memória dos mortos, falecidos em trágicas situações, e respeitar a família dos mesmos, que, espero, tenham sido consultados antes da publicação da tão famigerada lista, da qual alguns, sem pudor nem respeito tentaram tirar proveitos políticos. Lamentável esta atitude.
  • Fernando
    26 jul, 2017 Lisboa 08:07
    Na lista, falta também os nomes de dois cidadãos que também saíram totalmente queimados dos incêndios embora não tenham sido vitimas diretas dos mesmos. São eles a Kátia Ronalda Cristas líder do grupelho CDS e Passos (bruxo de MassaMá) líder de transição do PSD partido já muito pouco relevante no País. A primeira morreu sufocada em fumo por tanto ter cacarejado na tentativa de se aproveitar dos incêndios. O segundo de tão queimado que já estava suicidou-se. Descansem ambos em paz por muito tempo bem longe do País e de todos os Portugueses.
  • Luis
    26 jul, 2017 Lisboa 07:34
    E agora? Que devem fazer os lideres direitalhoPafiosos? A Katia Ronalda Cristas vai demitir-se? E o Bruxo de MassaMá também? E o Huguinho aprendiz de lider "paralamentar"? Vão demitir-se todos? Atenção, a PGR evoca "tranquilidade Publica" para divulgar a lista. Que a oposição direitalhoPafiosa tenha cavalgado a onda dos incêndios e que continue a tentar cavalgar não é surpresa pois as lideranças Pafiosas já demonstraram há muito tempo a todos os Portugueses que são apenas competentes a fazer baixa e reles política. Mas que dizer da "empresaria da treta" Isabel Monteiro que disse ter visto mais de oitenta mortos? Se só houve 64 como é que ela viu mais de oitenta? Se não os viu, porque não os houve, porque disse publicamente que os viu? Com que objetivo o fez? E ao fazê-lo não criou ou não tentou criar alarme social? Alarme social esse que pelos vistos a PGR quis apaziguar ao publicar a lista dos 64 mortos. E a senhora "empresaria" não é constituída arguida por ter criado alarme social à volta de uma tragédia que tantas vitimas fez as quais deveriam ser respeitadas. Que raio de PGR temos? Que os "pulhiticos" usem todos os truques e inventem todas as trapaças para enganar o Povo de forma a tentar tirar dividendos políticos já é demasiado nojento mas já estamos habituados. Agora que um qualquer cidadão o faça apresentando-se como empresário, só neste País à beira mar encalhado.
  • Ela
    25 jul, 2017 Lisboa 22:53
    Pronto. Acabou-se mais um filão para a estratégia de guerrilha da oposição. Continuem com esse brilhante critério e verão o resultado em próximas eleições.

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