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Castelo Branco e Santarém são os distritos que mais preocupam em dia com 104 ocorrências

25 jul, 2017 - 21:12

O vento forte, com rajadas de 65/70 quilómetros hora tem sido um factor que tem provocado inúmeras projecções, novos focos de incêndio e reactivações em zonas que já estavam dominadas, diz a Protecção Civil.

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Os incêndios que lavram no distrito de Castelo Branco e na zona de Mação, distrito de Santarém, são aqueles que concentram uma maior atenção por parte da Protecção Civil, que esta terça-feira já registou 104 ocorrências de incêndios florestais.

"Desde as 00h00 de hoje, Portugal regista já um total de 104 ocorrências de incêndios florestais. Destas 104, as nossas atenções centram-se para três ocorrências que eu destacaria: Sertã, no distrito de Castelo Branco, Vale de Coelheiros, também no distrito de Castelo Branco, e a ocorrência de Mantela (Mação) já no distrito de Santarém. Estas são aquelas ocorrências que concentram neste momento uma maior atenção", explicou a adjunta de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, pelas 19h00.

O grande desafio, de acordo com a ANPC, tem sido encontrar o equilíbrio entre o combate directo às chamas e, ao mesmo tempo, assegurar a protecção da população e dos seus bens, face às chamas.

"É importante referir que todas estas operações, sobretudo nestes três teatros de operações, o grande desafio que temos tido é, de facto, conseguir criar aqui um equilíbrio entre aquilo que é o combate directo às diferentes frentes de incêndio e, em simultâneo, conseguir garantir toda a protecção necessária às localidades, às povoações que se localizam nas linhas de propagação deste incêndio, garantindo assim a devida protecção, quer às pessoas, a nossa grande prioridade, quer também às suas habitações", frisou Patrícia Gaspar.

Questionada pelos jornalistas durante o briefing diário operacional sobre quantas aldeias do concelho de Mação é que tiveram de ser evacuadas, a adjunta nacional da Protecção Civil disse que, neste momento, não consegue contabilizar o total destas aldeias, salientando que chegará o momento para se apurar o número de pessoas afectadas por este incêndio.

"Aquilo que se tem conseguido fazer, e o nosso grande objectivo tem sido actuar precocemente, preventivamente, ou seja: identificar quais são as aldeias que se encontram na linha de propagação de incêndio, mobilizar para estes locais, meios de resposta (...), preventivamente, para garantir o apoio a estas evacuações, quando são necessárias", relatou Patrícia Gaspar.

A adjunta de operações da ANPC explicou que a área do concelho de Mação é um sector "de um grande incêndio que é o da Sertã", garantindo que estão alocados no combate às chamas todos os meios disponíveis e que os mesmos estão a ser geridos de "forma integrada", respondendo assim ao autarca local, Vasco Estrela, que criticou a disposição dos meios no terreno.

"Os meios são bastantes: neste incêndio da Sertã temos 1.045 operacionais, apoiados por 329 meios terrestres, chegaram a estar hoje cerca de 12 meios aéreos no teatro de operações, tivemos onze máquinas de arrasto, vários grupos de reforço. Tudo está a ser feito, todos os meios que estão ao nosso alcance estão localizados neste incêndio", vincou Patrícia Gaspar.

Esta responsável da ANPC sublinhou que o vento forte, às vezes "com rajadas de 65/70 quilómetros hora" tem sido um factor que tem provocado "inúmeras projecções, novos focos de incêndio e reactivações em zonas que já estavam dominadas".

Patrícia Gaspar disse ainda que foram deslocalizadas duas estações móveis para a zona da Sertã para garantir a resolução de qualquer problema que possa eventualmente acontecer com o Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança em Portugal (SIRESP), salientado, no entanto, que as comunicações esta terça-feira "estiveram perfeitamente estabilizadas".

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