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Governo reconhece fogos de Junho como catástrofe natural

25 jul, 2017 - 09:03

Activado apoio no valor de 10 milhões de euros. Chamas provocaram, pelo menos, 64 mortos e mais de 200 feridos.

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O Governo reconheceu os incêndios que atingiram o centro do país em Junho como uma catástrofe natural, e activou um apoio de dez milhões de euros, segundo um despacho suplementar do “Diário da República”, publicado na segunda-feira.

O despacho do gabinete do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural “reconhece como catástrofe natural o conjunto de incêndios deflagrados no mês de Junho de 2017 nas freguesias da região centro do país”.

“Os incêndios florestais, cujo início se registou no passado dia 17 de Junho de 2017, desencadearam uma série de danos e prejuízos em áreas localizadas nos concelhos de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã. A dimensão e gravidade dos danos e prejuízos causados pelos mencionados incêndios florestais reconduzem à qualificação desta situação como ‘catástrofe natural’”, pode ler-se.

Além do reconhecimento oficial da catástrofe natural, o despacho visa accionar a aplicação do apoio para “restabelecimento do potencial produtivo”.

“O montante global do apoio disponível é de 10.000.000 (dez milhões de euros)”, concedido sob a forma de subvenção não reembolsável.

O despacho informa que é necessário apresentar candidatura ao apoio através de formulário electrónico disponível no Portal do Portugal 2020, devendo ser submetidos entre quarta-feira e dia 08 de agosto. Só serão apoiadas as candidaturas aprovadas, mas os beneficiários podem iniciar os investimentos antes da verificação e validação, desde que comuniquem o início dos trabalhos à Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, com uma antecedência mínima de 72 horas.

No entanto, só são admitidas candidaturas apresentadas na sequência das declarações de prejuízos apresentadas na Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro até 15 de Julho. O despacho indica ainda que só é possível apresentar uma candidatura por beneficiário e que será “dada prioridade às candidaturas em que a dimensão relativa do dano sofrido seja mais elevada”.

O incêndio que deflagrou a 17 de Junho em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

Comentários
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  • Victor
    25 jul, 2017 Lx 14:11
    Natural ?!!?! Quem é que querem proteger ? Interesses, amigos, clientes, a eles e companhia?

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