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Fogo na Sertã já levou à retirada de 158 pessoas de casa

24 jul, 2017 - 20:41

O incêndio começou no fim-de-semana e não dá sinais de tréguas aos mais de 700 operacionais que estão no terreno.

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O incêndio que deflagrou na Sertã, distrito de Castelo Branco, já levou à retirada de 158 pessoas das suas casas, algumas das quais já regressaram, indicou pelas 19h00 desta segunda-feira a Protecção Civil, informando que o fogo lavra com "grande intensidade".

De acordo com a adjunta de operações da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) Patrícia Gaspar, o fogo na Sertã é o que concentra "maior número de meios" e que desperta "maior atenção" – está a ser combatido por 731 operacionais, auxiliados por 234 veículos e 12 meios aéreos.

No decorrer deste fogo, "158 pessoas foram retiradas das suas casas", disse Patrícia Gaspar, referindo que algumas já puderam regressar às habitações durante a manhã e outras estão ainda a ser deslocadas.

Além do incêndio na Sertã, que deflagrou no domingo à tarde e se alastrou aos concelhos de Mação (distrito de Santarém) e Proença-a-Nova (Castelo Branco), a Protecção Civil tem centrado as atenções noutros quatro fogos - um que lavra também em Castelo Branco, dois no distrito de Bragança e um em Évora.

Sobre a evacuação de aldeias "por precaução" na Sertã, a representante da ANPC precisou que afectou as povoações de Pereiro (26 habitantes retirados), de Feiteira (26), de Galela (52) e de Roqueira (31).

O combate ao fogo na Sertã tem sido "uma operação muito complexa", declarou a adjunta de operações da ANPC, informando que o trabalho dos bombeiros está a ser "muito condicionada por aquilo que tem sido a acção do vento durante toda a tarde", que tem originado "um comportamento inconstante do incêndio" e que tem levado a "um permanente reajuste dos meios no terreno".

A dificultar o trabalho dos bombeiros está também o facto de existirem aldeias e povoamento dispersos na zona do incêndio, pelo que os operacionais no terreno têm-se empenhado em garantir "protecção, quer às pessoas, quer às habitações".

Sobre o evoluir do combate ao fogo na Sertã, a Protecção Civil espera que "a noite possa constituir-se como uma boa oportunidade para tentar inverter a evolução deste incêndio".

"Temos todos os meios possíveis posicionados nesta ocorrência, esperamos que o trabalho que estão a desenvolver possa vir a dar frutos nas próximas horas", afirmou Patrícia Gaspar, frisando que todos estão empenhados em "garantir a melhor reação possível a este incêndio" na Sertã.

A adjunta de operações da ANPC sublinhou que as condições atmosféricas previstas para as próximas 48 horas "não são animadoras", uma vez que "o vento continuará a soprar forte" e as temperaturas vão aumentar, existindo vários concelhos em risco máximo de incêndio.

"Todo o cuidado é pouco neste momento", reforçou a representante da Protecção Civil.

Segundo Patrícia Gaspar, desde as 00h00 de segunda-feira registaram-se 91 ocorrências de incêndios florestais em Portugal e pelas 19h00 estavam activos cinco incêndios: dois em Castelo Branco, dois em Bragança e um em Évora.

Em relação aos fogos de Bragança e de Évora, a responsável da ANPC disse que a situação está "a evoluir favoravelmente", indicando que os dois fogos em Castelo Branco são os que centram maior atenção por parte da Protecção Civil.

Em Castelo Branco, além do fogo na Sertã, mantém-se activo um incêndio em Vale de Coelheiros, devido a uma reactivação registada esta tarde, pelo que estão no terreno "três grupos de reforço empenhados" no combate às chamas, no total de 248 operacionais, apoiados por 80 veículos.

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