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PCP. Número de mortos em Pedrógão deve ser "clarificado" sem "chicana política"

24 jul, 2017 - 16:30

O primeiro-ministro, António Costa, disse no sábado que o número estava esclarecido, mas esta segunda-feira pediu para quem soubesse de um número maior de vítimas, o comunicasse às autoridades.

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O Partido Comunista Português (PCP) defendeu esta segunda-feira que o número de mortos dos incêndios de Pedrógão Grande deve ser "clarificado totalmente e sem qualquer equívoco", mas recusou que se use esta polémica como chicana política.

O membro do Comité Central do PCP Rui Fernandes afirmou, na sede do partido, em Lisboa, que a controvérsia sobre o número de mortos ser ou não superior a 64 deve ser esclarecido e por quem tem competências, como o Ministério Público e o Instituto de Medicina Legal.

O assunto deve ser "clarificado totalmente e sem qualquer equívoco", já que dele dependem eventuais "indemnizações a que as pessoas têm direito", afirmou Rui Fernandes.
Sem se referir às declarações dos dirigentes do PSD e do CDS sobre os incêndios e o número de mortos em Pedrógão Grande, o membro do Comité Central avisou que os comunistas não vão entrar em controvérsias. "Não podem contar com o PCP para transformar este assunto em chicana, como parece que estar a ser transformado", disse. Em relação ao número de mortos, essa "matéria decorre no Ministério Público e no Instituto de Medicina Legal. É nesse foro que terá de ser clarificada", acrescentou.
Nos últimos dias, dois jornais, o Expresso e o i, noticiaram que é possível existir mais do que as 64 vítimas mortais, contabilizadas pelas autoridades fiscais.
Depois de no sábado o primeiro-ministro ter dito que o número de mortos estava esclarecido, António Costa pediu esta segunda-feira que quem tenha conhecimento de um maior número de vítimas no incêndio de Junho, o comunique de imediato à Polícia Judiciária e ao Ministério Público.
No sábado, o PSD exigiu ao Governo a divulgação da lista dos mortos do incêndio em Pedrógão Grande. À divulgação deveria acompanhar a explicação dos critérios que determinaram a constituição dessas pessoas como vítimas mortais.
No mesmo dia, a líder do CDS, Assunção Cristas, criticou que ainda há muito por esclarecer sobre os incêndios de Junho.
O incêndio que deflagrou a 17 de Junho em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos. Só uma semana depois foi dado como extinto.
De acordo com as autoridades, do total das vítimas, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.
Comentários
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  • manel da anita
    25 jul, 2017 mil fontes 09:12
    E assim se vai entretendo o ZÉ PAGANTE de ordenados chorudos a estes GAJOS, que se aproveitam desta desgraça, para desviarem as atenções de outras coisas que interessam a todos nós, porque o caso das vitimas, elas ande ser enterradas e dadas baixas nos registos civis. Não é difícil não se saber, a não ser que fique por lá alguma totalmente carbonizada e mesmo essa, deverá ter alguém de família que dará pela sua falta. TUDO ISTO É PALHAÇADA A CHAMAR BURROS AOS PORTUGUESES.

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