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​Absolvido militar americano das Lajes acusado de violação e tentativa de homicídio

22 jul, 2017 - 00:22

"O tribunal não conseguiu provar todos os factos", embora a peritagem tenha confirmado alguns dos factos descritos pelo arguido.

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O militar norte-americano da base das Lajes, nos Açores, que estava acusado de homicídio qualificado na forma tentada, violação, ofensa à integridade física qualificada e rapto, foi esta sexta-feira absolvido de todos os crimes.

"Uma vez que não está provado que tenha cometido os crimes, vai ser absolvido", anunciou o juiz, no Tribunal de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, na leitura do acórdão.

Segundo o juiz, "o tribunal não conseguiu provar todos os factos", embora a peritagem tenha confirmado alguns dos factos descritos pelo arguido.

O magistrado judicial disse ainda que foram detectadas algumas "incongruências" na versão da suposta vítima, que se constituiu assistente no processo, mas não foi possível provar as acusações em nenhum dos crimes.

A mulher acusou o militar norte-americano, que estava a terminar uma comissão de serviço na base das Lajes, de a ter violado e agredido, num local isolado, depois de a ter convencido a aceitar uma boleia no seu veículo, na madrugada de 1 de Novembro de 2016, na Praia da Vitória.

De acordo com o comunicado da Polícia Judiciária emitido na ocasião, aquela afirmou ainda que, posteriormente, o arguido a levou para outro local junto à orla costeira, onde a terá violado novamente, agredido com uma arma branca e tentado matar por afogamento.

Já a Coordenação do Ministério Público da Comarca dos Açores informou então que, a alegada vítima, funcionária na base das Lajes e que conhecia o arguido, terá conseguido libertar-se dele e fugido para o mar, nadando até deixar de o ver, e após algum tempo terá conseguido pedir auxílio a um transeunte que a terá conduzido ao hospital.

Em sede de julgamento, o arguido declarou que as relações sexuais foram consentidas e foi a alegada vítima que o tentou agredir, o que o levou a imobilizá-la e expulsá-la da sua viatura.

O arguido esteve em prisão preventiva até à última sessão do julgamento, no dia 12, tendo sido colocado sob prisão domiciliária e, agora, libertado.

Comentários
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  • Carlos T
    22 jul, 2017 Évora 13:39
    Toda a gente sabe que os militares americanos criminosos, estão a salvo do TPI. Podem matar, torturar, pilhar (tal como fizeram nos museus do Iraque) e nada lhes acontece......e viva o império americano
  • Ficticio
    22 jul, 2017 11:22
    Como sabemos por motivos legais isto foi um julgamento fictício...
  • JP
    22 jul, 2017 Lisboa 10:22
    Não esquecer que nem o TPI tem autoridade para condenar os militares gringos quando em missão fora de portas mesmo que sejam provados crimes praticados pelos cowboys. Assim não me admira esta sentença. Quem prestou serviço não lages sabe que esta gente tem privilégios que mais nenhum militar tem basta ser português. Inbestiguesse.

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