20 jul, 2017 - 19:14
Ángel Villar, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) vai ficar em prisão preventiva e sem direito a fiança, na sequência da detenção de que foi alvo, no âmbito da Operação "Soule", na qual o dirigente é alvo de suspeitas de corrupção.
O juiz encarregue do caso decidiu, ao final da tarde desta quinta-feira, seguir a recomendação da Procuradoria anticorrupção de Espanha, estendendo igual medida de coacção ao filho de Villar, Gorka e ainda a Juan Padrón, vice-presidente do organismo.
Tal como estava previsto desde segunda-feira, dia em que o líder da RFEF foi detido, Villar foi interrogado sobre as operações verificadas entre a RFEF e a empresa Santa Mónica Sports, assim como o seu património e questões profissionais.
Operação "Soule" em quatro parágrafos
Ángel Villar, que ocupa também o cargo de vice-presidente da UEFA foi detido, na manhã de segunda-feira, por suspeitas de corrupção, numa operação denominada pelas autoridades como "Soule".
Além do dirigente, também o seu filho, Gorka Villar, foi detido pela Guardia Civil, numa operação anti-corrupção que abarcou uma dezena de registos e detenções de cargos desportivos.
Na base das detenções de Ángel e Gorka Villar, está um suposto esquema económico em proveito próprio e em prejuízo da RFEF. Investiga-se, ainda, um suposto favorecimento de Ángel Villar a dirigentes regionais, usando arbitrariamente dinheiro da RFEF, de modo a garantir apoios com vista à sua reeleição e consequente continuidade no topo do futebol espanhol.
Com efeito, Villar foi reeleito, em Maio, para mais um mandato de quatro anos. Leva já 29 anos como presidente da Federação espanhola e, se esgotar este último mandato, que o próprio garantiu que seria mesmo o derradeiro à frente do futebol espanhol, completará 32 anos no cargo.