20 jul, 2017 - 11:19
Sérgio Conceição acredita que o FC Porto, ainda em pré-época, está no bom caminho e que estará pronta para dar o seu melhor durante 90 minutos, em vez de apenas 70, no início do campeonato.
Os dragões empataram, na madrugada desta quinta-feira, com o Chivas, campeão mexicano, por 2-2. Aboubakar e Otávio marcaram os golos portistas, numa primeira parte de claro domínio azul e branco. Em declarações ao site do clube, o técnico mostrou-se satisfeito com este segundo teste em solo centro-americano.
“Foi mais um jogo de preparação, com coisas muito interessantes, muito positivas. Também houve coisas menos boas, posso falar da dificuldade dos jogadores em adaptar-se a este clima. Foi um jogo frente a uma equipa já com mais tempo de preparação, mas fizemos dois golos e poderíamos ter feito mais", avaliou.
A quebra de rendimento na segunda parte não preocupou Conceição: “Com as muitas substituições, o jogo quebrou em intensidade, após a boa dinâmica que tivemos durante 70 minutos, mas isso faz parte do processo de evolução da equipa. Mas o que vi foi uma equipa que dá sinais muito positivos.”
O golo do Chivas surgiu de uma marcação rápida de um livre, algo que valeu as críticas do treinador portista. "Aconteceu o que é típico aqui no México, segundo o Matías [treinador do Chivas], um árbitro que validou um golo que é ridículo. A partir do momento em que pede para formar a barreira, tem de esperar pelo apito, não é preciso ser-se entendido em arbitragem", acusou.
No cômputo geral, Sérgio Conceição ficou agradado com os sinais dados pelos seus pupilos. "Estou muito contente com os jogadores, vamos estar prontos dia 9 [de Agosto] para jogar contra o Estoril e aí, sem dúvida, toda a gente vai estar num patamar, a nível físico, muito mais forte", garantiu.
Sistemas tácticos e grandes penalidades
Sérgio Conceição experimentou diversos desenhos tácticos durante o estágio no México, entre eles um sistema com três defesas.
“O 4-4-2, o 3-5-2, o 4-2-3-1 assentam sempre numa dinâmica que tem de se criar na equipa, em todos os momentos do jogo. Na construção, na forma organizada como se defende e sabendo o que fazer com e sem bola, e isso requer tempo de trabalho", explicou o técnico.
"Penso que já tivemos hoje [quinta-feira], em alguns momentos, coisas parecidas com aquelas que vou querer quando entrarmos em competição. Por isso, volto a dizer que estou muito contente, porque todas as diferenças em relação ao nosso país, nesta fase inicial de preparação, criam-nos sempre muitas dificuldades", reiterou.
No final do jogo, não houve marcação de penaltis para desempate, uma decisão unânime dos dois treinadores.
“Falava com o Matías, com quem joguei durante muito tempo em Itália, passámos por três clubes juntos e somos amigos há 20 anos. Comentei com ele, e estava o árbitro por perto, que o lance do primeiro golo do Chivas não podia acontecer, era ridículo", começou por contar Sérgio Conceição.
"O árbitro pensou que eu estava a dizer que ele era ridículo e disse que eu não podia assistir aos penáltis. O Matías, como meu amigo, disse que não batia os penáltis se eu não pudesse assistir. Foi tão simples como isso, não foi nada de especial, a nossa conversa com o árbitro foi tranquila, normal", esclareceu.
No final, Sérgio Conceição desvalorizou quais problemas com o árbitro: "O mais importante foi o que se fez dentro das quatro linhas.”