20 jul, 2017 - 00:00
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Se for alvo de um inquérito judicial, "ainda bem", diz o novo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, sobre o caso das viagens ao Europeu de Futebol de 2016. Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do jornal “Público, o social-democrata recusa comparações com o que aconteceu com três secretários de Estado no caso também conhecido por “Galpgate”.
Hugo Soares reconhece um "erro" na justificação da falta à Assembleia da República. Mas não quer falar muito do assunto: "Aparentemente poderá haver um inquérito em curso”.
O seu nome também esteve envolvido na ida aos jogos do Euro2016. Também está a ser investigado pelo Ministério Público?
Olhe, não faço ideia, sobre essa matéria o que posso dizer é o que disse há um ano. Eu assisti a dois jogos do Europeu, contratualizei com a agência de viagens com quem trabalho, paguei as viagens e os dois jogos, se houver uma investigação estou absolutamente tranquilo.
E não tirará consequências caso venha a ser chamado?
Eu fui a dois jogos, não fui a convite de nenhuma empresa.
Aliás, justificou com trabalho político.
Não, não justifiquei com trabalho político. Mas quero deixar isto claro: eu não viajei a convite, viajei às minhas custas, do meu bolso, paguei. E sobre essa matéria não tenho mais nenhum comentário a fazer, até porque aparentemente poderá haver um inquérito em curso - e ainda bem que o há, para que todas as coisas sejam esclarecidas. Estou muito tranquilo sobre essa matéria.
E qual foi a justificação?
Na altura justifiquei com "motivo de força maior", que depois de ter visto todas as notícias, não tinha cabimento naquela justificação... e foi apenas num dos jogos, porque o outro foi num fim-de-semana. E no imediato, quando percebi que tinha errado, fiz uma carta ao senhor presidente da Assembleia da República para considerar a falta como injustificada. Não tenho sobre isso qualquer problema, nem nenhum rebuço em admitir os meus erros.