Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

​Camané lança-se a Marceneiro, mas “sem imitar”

18 jul, 2017 - 18:57

“Camané canta Marceneiro” vai ser editado em Outubro.

A+ / A-

O novo álbum de Camané, integralmente constituído por fados de Alfredo Marceneiro (1891-1982), vai ser editado no dia 6 de Outubro.

O álbum esteve inicialmente previsto para ser editado em Maio último, mas foi adiado, devido à “decisão de registar em DVD a apresentação do álbum ao vivo, no palco da Culturgest [em Lisboa], perante uma assistência de apenas 100 pessoas”, assinala a Warner Music, em comunicado divulgado esta terça-feira.

“Camané canta Marceneiro”, o álbum, será colocado à venda numa versão apenas CD e outra CD/DVD, segundo a mesma fonte.

O álbum é uma homenagem de Camané a Alfredo Marceneiro, autor de fados como o “Laranjeira”, "Pierrot" ou “CUF”. Em vários espectáculos, o fadista afirmou que um dos fados que mais gosta de interpretar é o Fado Cravo, também de autoria de Alfredo Rodrigo Duarte, que ficou celebrizado como Alfredo Marceneiro, que Camané aponta como uma das suas maiores referências.

“Queria entrar naqueles fados de forma verdadeira, sem imitar o Marceneiro. Mas tive primeiro de fazer o meu caminho. De criar o meu reportório. Só agora chegou o momento em que me consigo identificar tanto com os sentimentos vividos, como com os acontecimentos passados”, afirma, no mesmo comunicado, o criador de "Sei de um rio".

“Camané canta Marceneiro” sucede a “Infinito Presente” (2015) e é o oitavo álbum de estúdio do criador de “Se ao Menos Houvesse um Dia” e tal, como os anteriores, conta com produção, arranjos e direcção musical de José Mário Branco, que co-assina com Manuela de Freitas a supervisão artística.

Camané, distinguido já com três prémios Amália, venceu por duas vezes a Grande Noite do Fado de Lisboa, em juniores e seniores, e, ao longo do seu percurso, passou por várias casas de fado, nomeadamente, o restaurante Senhor Vinho, da fadista Maria da Fé e do poeta José Luís Gordo.

No teatro fez parte dos elencos de "Grande Noite", "Maldita Cocaína" e "Cabaret", sempre dirigido por Filipe la Féria.

Em 2002, participou num espectáculo com Manuela de Freitas, em torno da obra do poeta Fernando Pessoa, que foi apresentado no Palais des Beauxs Arts, em Bruxelas.

A partir de 1995, quando editou o CD “Uma noite de fados”, os álbuns do fadista foram sempre produzidos pelo músico José Mário Branco. Desde então, conta sete álbuns de estúdio, além dos registos ao vivo, como “Camané Ao Vivo no Coliseu” (2009), também em DVD, e das compilações, entre as quais “The Art of Camané – The Prince of Fado” (2004).

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+