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Pedrógão Grande. Revelados critérios de acesso a fundo de ajuda

15 jul, 2017 - 21:28

Governo define critérios de prioridade de intervenção e de adesão ao fundo Revita. "Até final de Julho” as verbas doadas pelos portugueses chegarão às vítimas dos incêndios.

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O Governo publicou este sábado os critérios de acesso ao apoio às populações afectadas pelos incêndios de Pedrogão Grande.

O regulamento de funcionamento do Fundo Revita, que pode ser consultado em www.fundorevita.pt, estabelece as prioridades para os três concelhos - Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande - afectados pelos incêndios de há um mês.

O regulamento permite, através de um termo de adesão, efectivar a adesão destas entidades ao Fundo.

O decreto-lei que cria o Fundo Revita prevê a celebração de protocolos com entidades privadas não lucrativas que detenham experiência para a concretização e execução da revitalização das áreas afectadas, promovendo a colaboração com outros instrumentos de apoio à região no domínio solidário.

"O objectivo do Fundo é a gestão eficiente, coordenada e transparente dos apoios alocados a este Fundo, na sua afectação aos que deles necessitam, promovendo um reforço da celeridade em todo o processo de revitalização das áreas afectadas", segundo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O Fundo Revita surgiu em resultado dos incêndios de grandes proporções que afectaram os concelhos de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande em Junho, tendo provocado 64 mortos e mais de 250 feridos, bem como sérios prejuízos materiais.

"Os portugueses, num enorme esforço nacional de solidariedade, procuraram atenuar os prejuízos patrimoniais sofridos pelas populações destes concelhos, o que se traduziu em numerosos donativos destinados à reconstrução das habitações e da vida das pessoas afectadas pelos incêndios. A este esforço nacional, juntou-se o apoio financeiro de várias entidades internacionais", indica o ministério.

Neste contexto, o Governo decidiu criar o REVITA, um fundo de âmbito social, com o objectivo de gerir os donativos entregues no âmbito da solidariedade demonstrada, em estreita articulação com os municípios de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.

Um decreto-lei de 7 de Julho último determina que a gestão do Fundo fique a cargo de um Conselho de Gestão constituído por um representante do Instituto da Segurança Social, um representante das câmaras municipais de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande (Fernando José Pires Lopes) e um representante das instituições particulares de solidariedade social e associações humanitárias de bombeiros, a nível distrital (Joaquim Guardado).

Em entrevista à RTP, na sexta-feira à noite, o secretário de Estado da Coesão e Desenvolvimento, Nelson Souza, afirmou que “até final de Julho” as verbas doadas pelos portugueses chegarão às vítimas dos incêndios.

Comentários
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  • J.Batista
    16 jul, 2017 Lisboa 11:49
    Assim, está bem. Não deixem que os abutres apressados se apropriem do que não devem e garantam ás pessoas que, efectivamente, foram lesadas sejam ajudadas. O dinheiro chegará quando fôr necessário pagar e o controle esteja feito. As exigências e as pressas dos incompetentes e negligentes do passado ex-governo são uma fuga ás responsabilidades que têm no que sucedeu e não é este aproveitamento político e esta linguagem agressiva e rasteira que deve fazer o Governo parar ou alterar os seus propósitos!
  • Filipe
    15 jul, 2017 évora 23:28
    Maior parte dos euros de donativos vão acabar em sacos azuis , não pensem que vai ser tudo investido , até porque em outros incêndios bem menores , está tudo por fazer . Ora é assim , quem tem seguro de imóvel ou pode pagar a reconstrução do bolso , está safo ainda que leve tempo . Quem nada tinha , vivia de pensões que são trocos que os políticos gastam ao fim de semana em jantarada com amigos e levou uma vida a construir o que se perdeu ... espere sentado , daqui a um ano convido os jornalistas a reportarem o que está reconstruido . E , acabem com a falsa ideia nefasta de que as árvores são culpadas . É certo que para os políticos arrasar árvores e terem chão de terra batida era a melhor solução , poupam euros e metem o que não gastam no bolso . Mas o planeta Terra precisa de árvores para oxigenar a atmosfera e converter o co2 . precisa de árvores para as raízes segurarem os solos , precisa de árvores para equilibrar o clima e manter os ecossistemas com humidade suficiente , precisa de árvores para proteger os ventos e equilibrar as temperaturas . Arrasar as árvores é matar o planeta e qualquer dia em determinados locais é impossível viver com os picos de temperatura , ora altíssimos , ora baixíssimos . Um conselho : dobrem a espinha a plantar e podar a floresta !
  • Toninho Marreco
    15 jul, 2017 Ponte do Lima 23:15
    Seria bom trazer á memória de TODOS o que se passou com o dinheiro - largos milhões - do Um Dia de Trabalho para a Nação . Que foi ali por 1976 se não me engano . É uma historia bonita que deveria ser recordada de vez em quando . Assim como o assalto ao banco de Portugal na Figueira da Foz .O dinheirinho desapareceu TODO TODO e...e... e... Bem, esperemos, com muita esperança ,que não aconteça o mesmo ao dinheiro dos de Pedrogão .Amen ...

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