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Bloco questiona negócio Altice/Media. Gasta milhões numa compra mas despede três mil trabalhadores

15 jul, 2017 - 15:59

Negócio ainda aguarda luz verde por parte da entidade reguladora.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, questionou este sábado as condições financeiras da Altice para comprar a TVI ao mesmo tempo que quer despedir mais de três mil trabalhadores da PT.

Catarina Martins, que falava durante uma visita à feira da Senhora da Hora, em Matosinhos, afirmou que "um país que se leva a sério não pode permitir que isto esteja a acontecer".

Considerando que por causa deste tema o país "está a viver uma situação muito particular", lembrou que o negócio, que envolve 440 milhões de euros, "está a ser avaliado pelos reguladores".

É um negócio "que faz uma concentração de uma empresa de comunicações com a TDT, com uma distribuição de canais por cabo e com uma empresa de media que tem um canal de televisão, rádios e produção de conteúdos. Há aqui, portanto, um fenómeno de concentração que acho que merece toda a atenção e que terá toda a atenção", disse.

"Há uma pergunta que é preciso colocar em Portugal: se a Altice está em condições financeiras para anunciar um dos maiores negócios de sempre, como é que está a despedir mais de três mil trabalhadores na PT?", perguntou a responsável bloquista.

"Lembro que os despedimentos colectivos estão sujeitos a autorização do Ministério do Trabalho. Um despedimento colectivo é algo que pesa imenso a cada trabalhador e é uma injustiça para quem dedicou a sua vida e o seu trabalho à empresa, mas é também um enorme custo social para o país e para a Segurança Social", acrescentou Catarina Martins.

Perante a posição do Governo de não autorizar as demissões na PT, Catarina Martins entende que o que a Altice "está a tentar fazer é um despedimento colectivo utilizando outros estratagemas".

"Está a passar trabalhadores para outras empresas, sendo que algumas são do próprio Grupo Altice, para depois os despedir ou baixar salários. Ou seja, é uma situação, no mínimo, nas margens da legalidade", afirmou a coordenadora do BE.

"O que nós dizemos é que o mesmo Governo, e bem, que recusa o despedimento de mais de três mil trabalhadores, não pode ficar a assistir a este despedimento ser feito utilizando outros estratagemas sendo que é possível, legalmente, pará-lo", alertou.

Para a coordenadora bloquista, "há que travar já os despedimentos que a Altice quer fazer" e "Portugal não pode ser a lei da selva na legislação laboral".

Prometendo iniciativas legislativas para os próximos dias sobre o tema, Catarina Martins assegurou que o BE "está concentrado nos despedimentos da PT" e lembrou que o regulador "ainda tem uma palavra a dizer".

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  • KATRINA DEMAGOGA
    20 jul, 2017 Lx 14:57
    A kamarada Katrina pode levar os mais de 2 mil a irem para a rua para a sede do BE na Rua da Palma e dar-lhe emprego mas pago pelo partido... A actriz de 3ª categoria deveria pedir explicações aos seus acólitos do Governo pois foi o Sócrates o coveiro da PT com a monumental roubalheira que existiu nos tempos do Pinto de Sousa, Bava, Granadeiro, e outras figuiras gradas do xuxalismo da treta, teta e da epta que temos em Portgal com a família da geringonça.A menina é demasiado demagoga para ser levada a sério. Deixe de fazer teatro e seja séria na discussão dos temas... A PT é uma empresa privada e tem direito a rescindir contratos. Não serão dois mil a destruir uma emp resa que já foi destruída pelos xuxas de má memória com a máfia instalada pelo Pinto de Sousa...
  • POPULISTA DEMAGOGA
    15 jul, 2017 Lx 19:17
    Até aprece que esta rapariga sem norte que é a dirigente da empresa...Uma anedota esta esquerda caviar que só sabe viver á mama do Estado...Assim, com estas posições, não existe investimento com estes geringonços que vão deixar o país em cacos.
  • JULIO
    15 jul, 2017 vila verde 17:29
    Ò Catrina não chega ter que alimentar os inconptentes parasitas da fp que ainda tinhamos que aguentar os do privado , roubaram-te o lucal que dava tacho para os amigos ? Temos pena

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