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Furto de armamento militar. França investiu milhões de euros após assalto em 2015

12 jul, 2017 - 10:17

Em França, nem o ministro da Defesa nem o chefe do Estado-Maior do Exército se demitiram. Mas investiu-se na segurança.

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A França investiu "várias centenas de milhões de euros" num "plano de emergência" após um roubo num paiol em Miramas, no Sul do país, em 2015,.

De acordo como fonte do Ministério francês das Forças Armadas contactada pela agência Lusa, o governo francês investiu fortemente no reforço da segurança dos paióis depois de, a 6 de Julho de 2015, a base militar de Miramas, ter sido alvo de um roubo de "cerca de 150 detonadores e cargas explosivas".

"O investimento foi de várias centenas de milhões de euros num período de três anos, tendo começado em 2016. Só em 2016, o investimento foi de 60 milhões de euros", afirmou a fonte militar, sem precisar o montante global do plano que está em curso.

Em 2016, depois da avaliação do sistema de protecção de locais de armazenamento de armas do exército, foi adoptado um plano de emergência no qual foram tomadas "medidas imediatas para reforçar a protecção física ao nível das vedações e dos paióis, foram mobilizados uma centena de militares e reparados sistemas de vigilância". As autoridades francesas adoptaram ainda "medidas de emergência para dotar os locais mais vulneráveis com sistemas de video-vigilância", bem como "medidas perenes de reconstrução de paióis".

No total, e só no ano de 2016, o reforço da segurança dos paióis franceses custaram 60 milhões de euros, mas o jornal "Le Figaro" apontava para um investimento de "mais de 160 milhões de euros" na edição de 30 de Julho de 2015.

"Não houve demissão de ministro nem de chefe de Estado-Maior do Exército. Apercebemo-nos que havia um problema ao nível das infraestruturas, do sistema de protecção e foi decidido reforçá-lo", continuou a mesma fonte, sem indicar se houve responsáveis penalizados.

A 25 de Junho passado, foi registado um novo roubo de armas em território francês, com um individuo a conseguir roubar quatro lança-granadas e quatro caixas de munições do exército francês, que eram transportadas por um comboio para a mesma base que tinha sido assaltada em 2015. As autoridades detiveram então o suspeito, que foi indiciado por "roubo agravado" e "transporte e detenção de armas de guerra".

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