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Vaticano pede recursos para prevenir tráfico e exploração de trabalhadores marítimos

09 jul, 2017 - 12:43 • Aura Miguel

São homens que “passam vários meses longe da família, em condições de sacrifício e isolamento e, tantas vezes, expostos ao terrorismo e à pirataria”, diz mensagem para este Domingo do Mar.

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O responsável pelo Serviço do Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé denuncia o que considera ser a realidade trágica dos que são explorados na indústria pesqueira.

Numa mensagem a propósito deste Domingo do Mar, o cardeal Turckson, responsável do Vaticano para aquele serviço, valoriza e agradece esta força de trabalho e “o seu contributo para a economia global”. E exorta os capelães e voluntários do apostolado do Mar a fazerem “todo o possível para que esta profissão nunca perca a merecida dignidade”.

Dirigida a mais de um milhão e meio de homens que trabalham no mar – pescadores e não só – alguns provenientes de países subdesenvolvidos, vítimas de exploração laboral e sem condições de segurança, a mensagem sublinha que estes trabalhadores “passam vários meses longe da família, em condições de sacrificado e isolamento e, tantas vezes, expostos ao terrorismo e à pirataria”.

“É preciso assegurar que ninguém seja vítima de discriminações, nem impedido de sair para terra por razões de nacionalidade, raça ou religião”, refere o cardeal Tucson no documento, onde convida também as autoridades marítimas a “serem mais vigilantes para prevenir os abusos e reparar as injustiças”, bem como “tomar as medidas necessárias para garantir a segurança e protecção não só do carregamento, como da equipagem”.

A mensagem convida ainda todos a participar no próximo Congresso Mundial do Apostolado do Mar, dedicado à pesca e aos pescadores e que decorre em Outubro, em Taiwan.

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