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Passos ficará envergonhado se magistrados fizerem greve

08 jul, 2017 - 22:36

Líder social-democrata defendeu ainda a necessidade de uma "reforma do Estado" para garantir a melhoria de áreas nucleares como a "segurança, a defesa e a justiça, para dar tranquilidade e confiança aos cidadãos".

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O presidente do PSD diz que ficará envergonhado se os magistrados portugueses decidirem manter a greve já anunciada, lembrando que, para um partido da oposição, até seria muito mais fácil vir dizer o contrário.

"Era hoje muito fácil vir aqui dizer, por exemplo, que os magistrados estão cheios de razão e que o Governo lhes devia fazer a vontade (...) mas o que aqui quero dizer é que terei vergonha no dia em que os magistrados deste país façam greve, porque quem está ligado a órgãos de soberania não pode fazer greve. Nem os membros do Governo, nem os deputados nem os magistrados", referiu.

Referindo-se ao furto de armamento em Tancos, Pedro Passos Coelho defendeu a necessidade de uma "reforma do Estado" para garantir a melhoria de áreas nucleares como a "segurança, a defesa e a justiça, para dar tranquilidade e confiança aos cidadãos".

Sobre a actuação do Governo, antes e depois da tragédia provocada pelos incêndios em Pedrógão Grande, Passos Coelho também foi bastante crítico sobre a capacidade de resposta do executivo governamental.

"Se não tivesse sido a solidariedade da sociedade civil, as instituições da sociedade, ainda hoje havia carências muito graves para suprir, porque o Estado não esteve onde era preciso, quando era preciso", disse, lamentando também que o Governo ainda não tivesse aprovado um mecanismo para garantir o pagamento de indemnizações às vítimas.

"Não era preciso esperar mais tempo para que se criasse um mecanismo para indemnizar as vítimas. De certa maneira sugeri isso ao primeiro-ministro há quase quinze dias no Parlamento. O Governo tem tempo para desfilar em Pedrogão Grande, mas não tem tempo para aprovar uma disposição que ofereça às famílias a garantia de que vão ser indemnizadas prontamente. Era isso que se esperava da acção do governo, mas é isso que a oposição ainda vai fazendo, porque o governo não o faz", disse o líder social-democrata.

Num discurso de quase 40 minutos, em que apelou aos jovens social-democratas para que se empenhem na construção de um futuro melhor para os portugueses e para o país.

No 43.º aniversário da JSD, em Azeitão, no concelho de Setúbal, Pedro Passos Coelho disse ainda que "Portugal é um grande país" pela transformação conseguida nas últimas quatro décadas, mas advertiu para os perigos de um regresso ao passado, em que esteve três vezes à beira da bancarrota.

Comentários
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  • Vergonha?
    11 jul, 2017 Lis 15:20
    Este farsola a ficar envergonhado? Só para rir!...Onde é que ele tem a vergonha?
  • Maior vergonha
    09 jul, 2017 lx 13:55
    Do que ele não há! E continua como se estivesse a actuar em palco teatralmente, este grande "artista" duvidoso, para tentar convencer os incautos! Já mete nojo tanta hipocrisia!
  • Rui
    09 jul, 2017 Agualva 11:08
    Não sabia que Passos conhecia o conceito de vergonha...
  • Para refletir...
    09 jul, 2017 Almada 10:20
    Por alguns dos comentários, vemos um dos principais problemas do país, o povo que gosta muito de circo e não consegue ver o essencial e parecem estarem ligados a partidos. O titulo é "Passos ficará envergonhado se magistrados fizerem greve", e ele aqui falou bem, ele disse "(...) terei vergonha no dia em que os magistrados deste país façam greve, porque quem está ligado a órgãos de soberania não pode fazer greve". Se alguns parassem para pensar (parece que gostam pouco de o fazer), deviam pensar como aparece o poder da justiça? Se acham normal um tribunal dizer uma coisa e outro o contrário? É um facto que aqui o poder político tem muita culpa, pois deixa andar. Mas parece que só eu é que falo nisto!
  • rm
    09 jul, 2017 09:50
    A facilidade com com este fulano - PPC - muda de discurso em tão pouco tempo é Incrível. Primeiro ganhou as eleições prometendo fazer exatamente o contrário do que fez - Cortes Cegos e Estupidos, Aumentos Enormes de Impostos com a Destruição e Sofrimento DESNECESSÁRIO de milhares e milhares de familias, empresas e economia - tudo com TOTAL SUBMISSÃO às ordens do FMI, BCE e Comissao Europeia, ou seja, sem nenhuma idéia própria sobre como governar. Há meses dizia o pior deste governo e previa que vinha aí a destruição da "obra feita" ; agora Elogia a Recuperação de Portugal, para ver se ganha as Eleições Autarquicas. A isto chama-se Ignorancia e falta de Visão, de Objetivos e de Estratégia sobre como se governa um País e claro mostrando ser, isso sim, um Habilidoso Camaleão ou Vendedor de Banha da cobra. O Povo Portugues que abra bem os olhos.
  • MAMM
    09 jul, 2017 Sintra 08:59
    Se a política democrática não fosse, há muito em Portugal, um mero passa culpas para quem foi governo e um exercício de fazer diferente, que ate poderia ser porque sim, mas representa, afinal um vontade enorme de colocar Boys no poder para se servir apenas interesses pessoais e partidarios eu estaria aqui aplaudir Pssos Corlho. Assim limito me, com tristeza, a resignar me com tanta hipocrisia do seu disurdo e constatar que não temos hipóteses de sucesso. Os políticos, infelizmente, acabam por ser o espelho do que do pior produzimos no país.
  • Antonio
    09 jul, 2017 Vale de Cambra 08:54
    Coitadinho
  • JULIO
    09 jul, 2017 vila verde 08:25
    Tem razão para ficar envergonhado não este pais que a maiuria dos portugueses querem muitos como eu não votam
  • João das Neves
    09 jul, 2017 AZUEIRA 05:31
    Oh hijo, eu sempre fui PSD e sempre te defendi, mas confesso que estou farto de ti, agora foi a gota d água por o Mac na comissão parlamentar do caso Tancos, tanta incompetência, arre que vergonha de ti, por lx vou votar cristas.
  • J P C
    09 jul, 2017 Portugal 03:36
    Sempre a incomodar as consciências. Esse é o caminho, Passos. Responsabilidade e pouca festa. É normal que toda a política nacional ande à volta de Passos e da sua teimosia em manter-se activo. Ele é a cola que une todos os perdedores deste país. Eles sabem quem é o maior obstáculo ao contínuo assalto ao orçamento que pretendem fazer: os 35 a 40% de portugueses que ainda representas são mais do que qualquer um deles.

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