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Chefe do Exército sente-se "humilhado" e fala de "erros inadmissíveis" em Tancos

06 jul, 2017 - 21:44

General Rovisco Duarte prestou esclarecimentos aos deputados da comissão de Defesa.

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O chefe de Estado Maior do Exército (CEME), Rovisco Duarte, aponta “erros estruturais inadmissíveis” no comando da base de Tancos, que levaram ao furto de material de guerra, avança o jornal “Público”.

O general falava numa audição à porta fechada na comissão parlamentar de Defesa, que decorreu esta quinta-feira.

Rovisco Duarte assumiu perante os deputados que se sente “humilhado” com o caso e frisou que os “erros” só podem ser apontados ao comando da base, refere o jornal.

O CEME afastou os cinco comandantes da base militar de Tancos até que o inquérito esteja concluído.

O chefe de Estado Maior do Exército não compreende como é que as rondas na zona dos paióis eram feitas com um intervalo de 20 horas.

O chefe de Estado Maior do Exército confirmou ainda que a quantidade de material de guerra furtado é a avançada pelo jornal “El Español”, que incluiu granadas de mão, granadas anti-carro, munições e explosivos, entre outros.

De acordo com a edição desta sexta-feira do jornal "Diário de Notícias", o CEME revelou que, nos paióis de Tancos donde foi roubado material militar, estavam também mísseis Milan e TOW. O general Rovisco Duarte admitiu que estes mísseis possam não ter sido roubados devido ao seu peso ou volume.

No final da audição, que durou duas horas e meia, o presidente da comissão de Defesa, Marco António Costa, disse aos jornalistas que o CEME prestou todos os esclarecimentos aos deputados.

“Quero agradecer ao senhor general o facto de ter usado de total franqueza e liberdade de expressão nas explicações que nos deu e de nos ter prestado todos os esclarecimentos que solicitámos e que estavam ao seu alcance”, disse o deputado do PSD.

O que sabemos sobre o furto de armas de guerra em Tancos
O que sabemos sobre o furto de armas de guerra em Tancos

[notícia actualizada às 10h47]

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  • Vasco
    07 jul, 2017 Santarém 23:24
    E eu como ex-militar e que cumpri o meu serviço em Angola sinto vergonha pelo que actualmente se está a passar!
  • VIRIATO
    07 jul, 2017 CONDADO PORTUCALENSE 16:25
    Estes apátridas são uns traidores à pátria que se querem promover à custa do estado lamentável em que se encontram as Forças Armadas. Quem quiser invadir a nossa nação vai conquista-la facilmente. Com chefias destas os sarracenos não têm que se preocupar, está no papo a invasão à "Al Andaluz". Quanto ao facto de ser maçon não me admira nada Sr. José António, porque são eles neste momento o factor de anarquização do nosso país e o lema deles é "dividir para governar"...não custa nada. O poder politico está nas mãos da maçonaria e enquanto dão cabo do meu país, o povo vai-se entretendo com os futebóis, os big bro´s e a estupidificação promovida pelo jornalixo e os jornaleiros ao serviço dos grandes monopólios da c.s. como o artista mor do grupo impresa que mais não é do que um maçon disfarçado de magnata dos media e ao serviço do gangue ou polvo que tomou conta do meu país após o famigerado "25 de abril"...ACORDEM PORTUGUESES ANTES QUE SE FAÇA TARDE DEMAIS. VIVA PORTUGAL E OS VERDADEIROS MILITARES COMO O QUE FOI FERIDO ONTEM AO SERVIÇO DE TODOS NÓS NO CONGO.
  • Rui
    07 jul, 2017 Braga 11:59
    Lamentável tudo isto e que nos prejudica a todos...Um militar atento e vigilante jamais será apanhado desprevenido... Uma investigação total, é o mínimo que o povo exige.Uma vergonha, corrupção e mais corrupção a emergir a cada dia que passa... Há muito tempo, que devia de se ter alterado a Lei do enriquecimento ilícito, bem como o código penal para crimes de corrupção, desvio, branqueamento e lavagem de dinheiro...
  • Carlos
    07 jul, 2017 Lisboa 10:46
    O Senhor General pode estar humilhado e envergonhado com o roubo em Tancos, mas quem sai mais fragilizado são os políticos, porque Portugal não é governado por militares e compete aos políticos não só gerirem como responderem por todos os assuntos de estado sob a sua tutela. Pode até haver eventualmente, neste caso, responsabilidades disciplinares ou criminais de militares, mas a responsabilidade política é apenas dos políticos, que lamentavelmente, numa cultura de pouca exigência e mesmo de comiseração dos cidadãos, faz com que o políticos não sintam necessidade de retirarem ilações de um exercício digno do serviço público, mas simplesmente usem o poder e, até de forma irracional e desavergonhada, recorram a focus groups para avaliar a repercussão de uma tragédia, na popularidade de um governo! Repugnante
  • Chefão
    07 jul, 2017 Precárius 10:37
    Eu sinto-me envergonhado mas é destas "chefias", a começar de cima para baixo!
  • José António
    07 jul, 2017 Portugal 10:05
    Bom... Se assim é, ainda bem, já não é preciso gastar mais uns milhares em sistemas de vigilância, basta nomear Comandantes mais competentes para as "suas" unidade. Será que os tem? Senhor General CEME nomeado pelo atual governo e assíduo frequentador da grande loja maçónica de Vendas Novas, os meus parabéns. Resta-nos saber qual é o "cargo prémio" que irá receber após a sua demissão. Um abraço
  • Luis
    07 jul, 2017 Lisboa 09:46
    E AGORA? Se as investigações forem serias é uma questão de tempo. Quanto aos roubos, a Cristas na sua santa ignorância, esqueceu-se de que há talvez milhões de Portugueses que passaram pelo exercito e que sabem muito bem que a culpa dos roubos em Tancos é unica e exclusiva do comando da unidade. Quis bem como o Passos fazer aproveitamento político do caso e saiu-lhes o tiro pela culatra. Quanto aos incêndios ainda a procissão vai no adro embora já tudo indique que o fogo foi posto e que o raio na arvore foi um "erro de precepção". Se foi fogo posto tem que se descobrir quem o pôs e com que objectivos. Fogos postos tem sido uma realidade constante ao longo dos anos e sempre atribuídos ao tolinho lá da aldeia ou ao bebedola de todos conhecido. Desta vez estas "justificações" não podem servir. Estes fogos em Pedrógão Grande só foram diferentes dos outros quanto à forma como se propagaram e quantos às vitimas que fizeram. Se ouve crime tem que haver criminosos e possivelmente mandantes. Já andamos há demasiado tempo a ser enganados por toda uma classe política de refugo.
  • F Soares
    07 jul, 2017 A da Gorda 09:37
    Mas alguém sabe a data em que aconteceu o roubo ????? O já teria desaparecido há muito e só agora "descobriram a falta ???? Tudo, tudo, muito mal explicado !| Vai daqui um destes dias vem tudo explicado em titulo no correio da m manha ! Quanto ao que aconteceu na AR proíbam artefactos eletrónicos, mesmo aos deputados já que não se sabem comportar. e armam em bufos movidos sabe-se lá porque interesses! É um caso que roça a traição !
  • F Soares
    07 jul, 2017 A da Gorda 09:27
    Nem na AR - em reuniões à porta fechada - se pode falar que vem logo tudo escarrapachado naos jornais e TV..... è uma orgia... Isso é um insulto a todos ! ! Creio haver motivos para penalizar os órgãos de informação e chegar até às fontes... Assim isto não é país !
  • E agora?
    07 jul, 2017 lx 08:46
    A credivel Cristas e os seus promotores mediaticos continuam a pedir demissões políticas do ministro?...Quem estará por detrás deste roubo? E dos incêndios de Pedrógão? Não podemos esquecer que os dados económicos do país estão a ser positivos e bem geridos pelo governo e portanto há que arranjar pretextos para que se deixem de falar neles! Há gente sem escrúpulos! Vinda do diabo? Teoria da conspiração?...Como afirma o Presidente Marcelo, que sejam descobertos os responsáveis doa a quem doer! Será que vao ser?

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