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“A eternidade é do tamanho da entrega, do tamanho da cruz”, diz D. Manuel Clemente

02 jul, 2017 - 18:08

Cardeal Patriarca ordenou cinco padres e quatro diáconos no Mosteiro dos Jerónimos.

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Foi com uma meditação sobre a cruz que D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, falou este domingo à sua Igreja, na missa de ordenações de novos padres e diáconos, que decorreu no Mosteiro dos Jerónimos. “Seguir o Senhor é vocação de todos os baptizados, tomando a cruz de cada dia. Só assim ganharemos a eternidade que é do tamanho da entrega, do tamanho da cruz”, disse D. Manuel Clemente, na homilia.

Na primeira parte da homilia, o Patriarca de Lisboa disse que o “essencial” no seguimento de Cristo é idêntico para todos os baptizados, jovens ou idosos, casados ou solteiros e passa por esse tomar da cruz de cada dia, passa por morrer para si mesmo e viver para os outros. “Morrer com Cristo para qualquer tipo de egoísmo e renascer com Cristo para todo o tipo de caridade”, acrescentou D. Manuel, que chegou mesmo a dizer que podia parecer que estava a falar de “doutrina a mais”, mas só para quem tiver “vida a menos”.

Numa segunda parte, em que se dirigiu mais directamente aos homens que iria ordenar como padres e diáconos, o cardeal falou dos dois segmentos da cruz: o vertical e o horizontal. Identificou os padres com a parte vertical da cruz que aponta para o céu. “Todos seremos como anjos no céu”, disse D. Manuel, depois de lembrar que “Cristo não constituiu família para ser família de todos” e apelando aos padres que sejam essa família de todos.

Depois, dirigindo-se aos quatro homens casados que iriam ser ordenados diáconos permanentes, identificou-os com a parte horizontal da cruz. “Sois braços estendidos de Cristo a todas as realidades humanas”, afirmou D. Manuel, que este domingo ordenou cinco padres e quatro diáconos permanentes.

Os novos padres são Miguel Vasconcelos e Pedro Tavares, formados no Seminário dos Olivais, Marco Leotta e Lúcios dos Santos, formados no Seminário Redemptoris Mater (do Caminho Neocatcumenal) e Rui Jorge Ferreira, da Sociedade Missionária Portuguesa – Missionários da Boa Nova.

Os diáconos permanentes são António Rebelo, da paróquia da Benedita, Emanuel Sousa, e Algueirão-Mem Martins, Rui Silva, da paróquia de Paço d’Arcos, e Vasco d’Avillez, da unidade pastoral de Sintra. Os diáconos permanentes são homens casados a quem são confiadas tarefas pastorais e de evangelização. Podem celebrar casamentos e baptizados, mas não podem conceder o sacramento da reconciliação, nem a unção dos doentes, nem presidir à eucaristia, uma vez que a confissão e a consagração estão reservadas aos padres.

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