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​Dois adolescentes portugueses condenados por gravarem nome no portão de Auschwitz

27 jun, 2017 - 19:45

Jovens foram condenados a uma pena de um ano de prisão, com pena suspensa.

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Dois adolescentes portugueses foram esta terça-feira condenados por um tribunal polaco a um ano de prisão, com pena suspensa, por terem gravado os nomes no portão da entrada principal de Auschwitz-Birkenau, por onde chegavam os comboios ao campo de concentração.

Na altura, os dois estavam na Polónia para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude, organizadas pela cidade de Cracóvia, e onde participou o Papa Francisco.

De acordo com a agência de notícias France Press, os jovens, com 17 anos, foram apanhados no dia 28 de Julho do ano passado a gravar os respectivos nomes, a data e o nome do país de origem nos tijolos vermelhos do portão de entrada do campo de concentração.

O tribunal de primeira instância de Oswiecim (nome polaco para Auschwitz) condenou-os em Fevereiro a um ano de prisão com pena suspensa por destruição de "objectos de valor histórico", uma pena agora confirmada pelo tribunal de Cracóvia.

Todos os equipamentos de Auschwitz, incluindo a sua vedação e os objectos enterrados no solo, fazem parte do museu do antigo campo de extermínio nazi, classificado património mundial pela UNESCO.

Regularmente, o museu regista roubos de todo o tipo de objectos, como pedaços de arame farpado, por visitantes que querem levar uma recordação do campo.

O museu é visitado todos os anos por mais de um milhão de pessoas de todo o mundo.

O roubo mais célebre ocorreu em 2009, quando desapareceu a inscrição em ferro forjado com a frase "Arbeit macht frei" (O trabalho liberta), colocada no topo do portão principal do campo. A peça foi posteriormente recuperada e os responsáveis foram condenados a penas de prisão.

Entre 1940 e o início do ano de 1945, a Alemanha Nazi matou no campo de Auschwitz-Birkenau cerca de 1,1 milhões de pessoas, entre um milhão de judeus de diferentes países europeus.

Neste campo morreram também 80 mil polacos não judeus, 25 mil ciganos e 20 mil soldados soviéticos.

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