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​Avião teve encontro imediato com um “drone”. É o sétimo caso do mês

26 jun, 2017 - 22:09

Incidente aconteceu muito perto do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

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Um avião da Ryanair cruzou-se esta segunda-feira com um 'drone' a cerca de 500 metros de altitude, quando já estava na fase final de aproximação para aterrar no Aeroporto de Lisboa, disseram à agência Lusa fontes aeronáuticas.

Este é o sétimo incidente do género este mês e o décimo primeiro desde o início do ano.

Segundo as mesmas fontes, o Boeing 737-800, com capacidade para 162 passageiros, proveniente do Aeroporto do Porto, cruzou-se com um 'drone', pelas 15h00, no momento em que a aeronave sobrevoava a zona entre a Praça de Espanha e Sete Rios, já na fase final da aproximação ao Aeroporto Humberto Delgado, para aterrar na pista 03.

Contactada pela Lusa, a NAV Portugal (responsável pela gestão do tráfego aéreo) confirmou a ocorrência, acrescentando que irá notificar a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou esta segunda-feira, em Bruxelas, que o Governo aguarda respostas do regulador (ANAC) sobre os repetidos incidentes com 'drones' nas proximidades de aviões, admitindo que "isto não pode continuar".

O regulamento da ANAC proíbe o voo destes aparelhos a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e descolagem de um aeroporto.

O GPIAAF anunciou há mais de uma semana a realização de um estudo de segurança devido aos vários incidentes envolvendo a presença de 'drones' nas trajectórias de aviões.

Na noite de domingo, um avião da TAP Express, operado pela White Airways, com 74 passageiros, cruzou-se com um 'drone' a 900 metros de altitude, na aproximação ao Aeroporto de Lisboa.

O piloto do avião modelo ATR, que fazia a ponte aérea Porto--Lisboa, reportou, pelas 20h20, "um 'drone' a 50 metros da asa direita, a 900 metros de altitude", quando sobrevoava a zona do Pragal, Almada, e pouco antes de passar à vertical da Ponte 25 de Abril, acrescentando que o aparelho "media, no mínimo, um metro".

A 19 de Junho, um Boeing da companhia holandesa KLM reportou que um 'drone' "voou ao seu lado" a 1.200 metros de altitude, à vertical do Farol do Bugio, no estuário do Rio Tejo.

Nesse dia, fontes aeronáuticas explicaram à Lusa que o incidente ocorreu quando os pilotos do Boeing 737-800, com capacidade para 162 passageiros, se aperceberam de "um drone a voar ao lado", no momento em que o avião estava no corredor aéreo para rumar ao Aeroporto de Lisboa, sendo aquela zona igualmente utilizada para os aviões que aterram e descolam do Aeródromo de Cascais.

A 16 de Junho, um avião da Aero Vip, do Grupo Seven Air, foi obrigado a realizar uma manobra para evitar a colisão com um 'drone' a 300 metros de altitude quando estava em aproximação para aterrar no Aeródromo de Cascais, com 14 pessoas a bordo.

"Na aproximação à pista 35 de Cascais, vislumbrei um objecto que julguei ser uma ave. Ao aproximar-me, apercebi-me de que se tratava de um 'drone' de grandes dimensões, de quatro rotores. Tive de mergulhar, aumentar a razão da descida, para evitar a colisão com o 'drone', que passou a cerca de cinco metros acima da asa esquerda", relatou nesse dia o piloto à Lusa.

A 14 de Junho, um avião da TAP, com cerca de 130 passageiros, cruzou-se com um 'drone' a 700 metros de altitude, quando se preparava para aterrar no Aeroporto de Lisboa.

O Airbus 319, proveniente de Milão, Itália, "cruzou-se" com o 'drone' por volta das 21:00, no momento em que a aeronave estava à vertical da Ponte 25 de Abril, na zona de Alcântara, e a poucos minutos de aterrar no Aeroporto Humberto Delgado.

A 1 de Junho, um Boeing 737-800, da companhia TVF, France Soleil, grupo Air France/KLM, com cerca de 160 passageiros, teve de realizar várias manobras para evitar a colisão com um 'drone' a 450 metros, quando a aeronave se preparava para aterrar no Aeroporto do Porto.

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  • Luís
    27 jun, 2017 Lisboa 20:54
    Bastava o governo em colaboração com as autoridades (psp, gnr, anac e outras) criar uma base de dados nacional de proprietários de drones e tornar de lei obrigatório o registo do aparelho antes da sua utilização. O proprietário que fosse apanhado a utilizar o drone sem ter o registo feito tinha o aparelho confiscado. No caso como os que tem acontecido, do aparelho estar a ser utilizado a uma altitude superior ao que a lei já existente permite, qualquer agente da autoridade podia intervir, apreendendo o aparelho, e identificando o proprietário. Acabava-se com a utilização irresponsável dos aparelhos.
  • DR XICO
    27 jun, 2017 LISBOA 14:39
    Uma industria que gera milhões de € por dia, não terá umas centenas € para pagar a uns piquetes da PSP para fazer constantemente rondas à volta do Aeroporto Lisboa e Porto exigindo um perimetro de segurança de 500m de interdição total a peões, jornalistas fotografos etc. HÁ em Portugal coisas de facil solução mas que parece não haver vontade de resolver. Lá terá de haver uma comissão de inquerito.
  • ao ruiocc
    27 jun, 2017 port 13:18
    Apesar de considerar que há perigo, tanta lenga-lenga para demonstrar que não entende nem quer entender que os drones podem ser um perigo grave para os aviões, maior ainda do que um pássaro! Basta num instante, entrarem numa turbina do motor para se dar um acidente grave! Basta que exista um perigo mínimo, para não serem permitidos a operar dentro das áreas de segurança dos aeroportos ou nos seus cones de segurança, à descolagem ou aterragem! A forma de os detectar é que é o problema, e não poderão ser os controladores de trafego aéreos a ter essa responsabilidade e essa eventual "caça eletromagnética" será feita por quem e com que equipamento? Para que isso aconteça há que saber as frequências individuais, dos respectivos comandos!
  • ruiocc
    27 jun, 2017 Tomar 12:08
    Embora haja perigo, as notícias são completamente absurdas (para não dizer mentirosas). A velocidade relativa entre um drone e uma aeronave em aproximação é da ordem dos 200 km/h (aprox. 55,5 m/s), e não há drone a 200 km/h para "acompanhar" aviões . Um drone de 1 m de diâmetro a 500 m de distância da aeronave subentende 6' (0,1º), acima do limite de resolução do nosso olho é verdade, mas será necessário contraste (ou leds acesos de noite) para o identificar. Decorrem depois apenas uns 10 s até se cruzarem, e é esse o intervalo de tempo que o piloto tem para iniciar qualquer manobra evasiva. Se for identificado mais cedo (por ser um drone maior), há mais tempo para reagir. Dependendo da posição relativa entre o drone e a aeronave, e como uma manobra de última hora pode ser bem pior do que ignorar a ameaça, a reacção depende do treino/instinto e sangue frio do piloto. O melhor mesmo é arranjar uma forma de detectar a partir de terra os drones no espaço aéreo reservado e tomar a necessária medida preventiva (caça electromagnética, etc). Proibir ou registar os drones, não dará em nada - é certo.
  • Apanhem
    27 jun, 2017 Lis 11:22
    Um "brincalhão", levem-no ao banco dos reus e isto acabará! Enquanto não houver um identificado, para exemplo, vamos continuar a assistir a mais "brincadeiras" destas! Ao contrario do que muitis dizem a lei existe e não permite andar a fazer destas "brincadeiras" no espaço aereo utilizado pela aviação civil e junto dos aeroportos! Os prevaricadores devem ser punidos!
  • Precisa-se
    27 jun, 2017 Lx 10:57
    Investigação! Alguém deve estar apostado em lançar a insegurança para travar o turismo nesta epoca e comprometer os bons resultados economicos que estamos a assistir no pais. Há gente ressabiada para tudo até para que apareça o tal diabo tão desejado por esses ressabiados! Teoria da conspiração?...
  • Cheira a esturro
    27 jun, 2017 Pt 10:46
    Há qualquer coisa na forja para que aconteça um acidente grave! Estão a ser muitos casos em pouco tempo! Será que está ligado à vinda do diabo?...
  • Maria
    27 jun, 2017 Tavira 10:39
    Se a ação de sensibilização tiver o mesmo efeito que tem tido nas estradas então Deus nos valha!!!! Eu gostava de ver proibida a venda desses brinquedos em tudo quanto é loja, devia haver sítios específicos para a sua venda com o respectivo registo e registo criminal, porque esse brinquedos nas mãos de certos anormais são autênticas armas mortíferas, acho até que é um acto terrorista como outro qualquer e que seria bom começar a controlar antes de virmos depois tentar remediar. Como passageira e mãe de um piloto é um assunto que me tira o sono e que espero que o nosso governo o tome como MUITO SÉRIO!!!!
  • Vítor Simões
    27 jun, 2017 Quinta do Anjo 10:22
    quando acontecer uma desgraça...então tomam-se decisões!! É a boa maneira portuguesa...
  • AM
    27 jun, 2017 Lisboa 10:11
    Anda tudo com conversa fofinha, um dia um avião suga o drone e temos sim um problema sério... Tem que se ter paciencia, porque ainda não aconteceu nada... Um dia, acontece, e depois anda tudo com a depressão!

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