26 jun, 2017 - 14:00 • Paula Costa Dias
Os católicos portugueses devem abrir-se mais ao mundo não católico. O alerta foi deixado Congresso Internacional "Pensar Fátima" por Eduardo Borges de Pinho, docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP)
"Temos que crescer como cristãos católicos portugueses na sensibilidade ecuménica e enteder o que significa a divisão dos cristãos e todas as suas consequências", explicou Borges de Pinho, em declarações à Renascença.
Defendendo que devemos também manifestar "uma certa capacidade de autocrítica no sentido de perceber que há determinadas manifestações nossas ou expressões que porventura podem não ser entendidas pelos outros", o docente da UCP rou que devemos entender "que o caminho da unidade é um caminho na diversidade, não é a multiplicação da Igreja católica em todas as suas formas".
Ainda assim, Fátima é, cada vez mais, um local procurado por outras confissões religiosas. Eduardo Borges de Pinho constata que "há muitas pessoas de outras confissões cristãs e pessoas, até sem uma fé explícita, que vêm a Fátima, não apenas por causa do chamado turismo religioso, mas porque Fátima é sempre um lugar que pode interpelar de uma outra maneira".
A história de vida de cada pessoa "é muito própria e eu estou convencido de que, nesse sentido, Fátima desempenha o papel que pertence a Deus e à consciência das pessoas".
"Hoje de manhã, disseram-me, alguém viu seis senhoras vestidas com o traje muçulmano à volta da capelinha das aparições, numa atitude de oração", conta Borges de Pinho, conlcuindo que, "partindo do princípio que eram muçulmanas, acho que isso só comprova a abertura de Fátima".