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​Greve dos vigilantes privados sem impacto nos voos

24 jun, 2017 - 11:28

Apesar do tempo de fila de passageiros ser "mais elevado do que o normal", não há "cancelamentos ou atrasos imputados à greve", diz a ANA - Aeroportos.

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O aeroporto de Lisboa está este sábado com tempos de fila de passageiros mais elevados do que o normal devido à greve dos vigilantes privados, mas não há atrasos nem cancelamento nos voos, segundo a ANA - Aeroportos de Portugal.

Convocada pelo do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), a greve dos trabalhadores da Prosegur e da Securitas, que garantem a segurança dos aeroportos, decorre até domingo e tem como objectivo exigir a "contratação colectiva", "melhores condições de trabalho" e "uma carreira com dignidade".

Contactado pela Lusa, o porta-voz da ANA adiantou que, apesar do tempo de fila de passageiros ser "mais elevado do que o normal", não há "cancelamentos ou atrasos imputados à greve".

Para esta situação, segundo Rui Oliveira, contribuiu o facto de os passageiros terem acatado os conselhos da ANA - Aeroportos de Portugal, nomeadamente chegarem com três horas de antecedência em relação à hora do seu voo e privilegiarem a bagagem de porão em detrimento da bagagem de mão.

"Graças a isso é que não se têm registado atrasos nem cancelamentos de voos", sublinhou porta-voz da ANA, salientando que "é importantíssimo que os passageiros continuem a acatar as recomendações".

Cerca das 9h00 o tempo máximo de fila de espera no Aeroporto Humberto Delgado era de 27 minutos.

Nos restantes aeroportos do país, a greve não está a ter impacto, estando "tudo a decorrer normalmente", disse Rui Oliveira.

A Lusa contactou Armando Costa, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, que remeteu um primeiro balanço da greve para as 11h30.

Os vigilantes privados de aeroportos marcaram uma concentração para domingo, em Lisboa e no Porto, para denunciar, nomeadamente, que os empregadores "recebem subsídio de segurança pago pelos passageiros à custa dos trabalhadores".

Para justificar esta nova paralisação, Armando Costa explicou, em declarações anteriores, que as empresas de segurança e a concessionária dos aeroportos, com o constante aumento de passageiros, "estão a receber mais dinheiro e a viver à custa deste subsídio de segurança pago pelos passageiros à custa dos trabalhadores" e a "manter a precariedade".

Em resposta à Associação de Empresas Privadas (AES), que anunciou um acordo de princípio para um novo contrato colectivo de trabalho, o dirigente do SITAVA garantiu tratar-se de um entendimento com sindicatos "sem representatividade no sector dos aeroportos".

Por seu lado, a AES lamentou esta greve convocada pelo SITAVA, uma vez que "deu resposta positiva a várias reivindicações dos trabalhadores".

Em Maio, o SITAVA tinha emitido um outro pré-aviso de greve a todo o trabalho extraordinário entre os dias 3 de Junho e 1 de Outubro, depois de uma reunião insatisfatória com a TAP para discutir a proposta entregue em Dezembro de revisão salarial para 2017.

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