23 jun, 2017 - 00:32
Um juiz de Michigan, nos Estados Unidos, bloqueou temporariamente a deportação de mais de 100 iraquianos até que se decida quem tem a jurisdição para tomar a decisão definitiva.
Mark Goldsmith parou o processo porque os cidadãos iraquianos em causa podem vir a ser acusados ou perseguidos no país de origem por, alegadamente, pertencerem a minorias políticas, sociais ou religiosas.
Já o Governo alega que, segundo a lei norte-americana, o juiz de Michigan não tem jurisdição para parar o processo.
A Administração Trump revogou uma "amnistia" que tinha sido implementada por Barack Obama em relação a alguns dos imigrantes ilegais que chegavam aos Estados Unidos.
Entre os processos agora reabertos estão casos de pessoas que não têm registo criminal. Desde 1 de Março a 31 de Maio, foram reabertos 1329 casos, acrescenta a Reuters.
O Presidente dos Estados Unidos continua a tentar aprovar uma nova ordem executiva sobre imigração. São seis os países cujos nacionais deverão ser barrados à entrada do país: o Iraque deixou de ser um deles.
De acordo com uma fonte da Casa Branca citada pela agência Reuters, a nova ordem executiva proíbe a entrada no país, durante 90 dias, de cidadãos do Irão, da Líbia, da Síria, da Somália, do Sudão e do Iémen.
O Iraque foi retirado da lista, justifica a mesma fonte, na sequência do trabalho que tem vindo a fazer em colaboração com os Estados Unidos para combater os terroristas do Estado Islâmico, impondo também procedimentos de fiscalização mais apertados nas suas fronteiras.
A nova ordem executiva garante ainda que milhares de imigrantes legais a residir nos Estados Unidos (detentores do chamado “cartão verde”), oriundos dos seis países constantes da nova lista não sejam afectados.