Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Morte de português em Londres está a ser investigada

22 jun, 2017 - 23:38

Edir Frederico da Costa estava internado desde 15 de Junho, após um alegado uso de força excessiva por parte de agentes da polícia.

A+ / A-

A morte de um jovem português em Londres na sequência de uma operação policial está a ser investigada, confirmou a Comissão Independente de Queixas contra a Polícia [IPCC, na sigla inglesa].

Edir Frederico da Costa, de 25 anos, morreu na quarta-feira no hospital de Newham, onde se encontrava internado nos cuidados intensivos desde 15 de Junho, após um alegado uso de força excessiva por parte de agentes da polícia.

O português de 25 anos, a residir no Reino Unido desde 1996, encontrava-se num carro com duas outras pessoas, um amigo e a mulher, quando foi abordado por polícias britânicos em Beckton, no este de Londres pelas 22h00.

Segundo as testemunhas, a polícia alegou que o carro era suspeito de estar envolvido num roubo e pediram para revistar os ocupantes.

O pai, Ginario da Costa, disse à agência Lusa que o filho terá resistido, alegando que não tinha feito nada de mal, mas os polícias tentaram prendê-lo e terão usado gás pimenta.

"Ele caiu no chão e um polícia colocou-lhe um joelho em cima da garganta", descreveu, de acordo com relatos das pessoas que acompanhavam.

Edir da Costa ter-se-á sentido mal e foi levado de urgência para o hospital, onde foi internado em estado grave, tendo acabado por morrer cinco dias depois.

A IPPC, que investiga queixas de maus tratos pela polícia, abriu uma investigação na manhã de 16 de Junho, poucas horas após o dia do incidente, procedimento obrigatório neste tipo de casos.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a entidade indicou que uma primeira autópsia "não encontrou lesões que indiquem que o uso de força excessiva", mas indicou que o médico-legista vai fazer mais exames.

"Os investigadores da IPCC foram enviados para o local e participaram do procedimento pós-incidente no qual os agentes prestaram testemunhos iniciais na noite do incidente. O IPCC realizou inquirições porta a porta na área", adiantou.

O comissário adjunto da IPCC Tom Milsom manifestou pesar pelo sucedido, apelando a testemunhas.

"Estamos empenhados em realizar uma investigação abrangente e eu gostaria de pedir a alguém com informações que apoie os nossos esforços", exortou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • desatina carreira
    23 jun, 2017 queluz 08:20
    Edir um nome bem português
  • sinceramente
    23 jun, 2017 Trancoso 08:19
    Este ingleses tem pouca simpatia pelos portugueses, mas quem anda a atropelar e a lançar bombas matando o seu próprio povo não são os portugueses são os que os odeiam e todos nós sabemos quem são.
  • Paulo
    23 jun, 2017 Olhão 08:09
    Pois, uma primeira autópsia "não encontrou lesões que indiquem o uso de força excessiva" o rapaz foi parar ao hospital por mor de uma infeliz coincidência, muito provavelmente pelo provável facto de ser provavelmente negro ou mestiço de origem brasileira. Prezo as forças da ordem e a sua função mas não é segredo para ninguém que muito desclassificado se junta às forças para dar vazão a maus instintos como exercer violência sobre outros e/ou demonstrar poder na tentativa de compensar o desdém das mulheres pela sua pouca inteligência. Presumo que lá dentro se reconheçam para formar gangues de bandidos uniformizados. Os agentes da lei que a não cumpram a mesma devem ter penas superiores pelos mesmos crimes. E os civis têm de parar de tratar, os agentes da autoridade, como sendo todos como descrevi acima. O benefício da dúvida impõem-se, são pessoas como as outras e se sistematicamente se confrontam com uma rejeição automática generalizada poderão vacilar psicológicamente e juntar-se aos tais outros frustrados que mencionei acima e depois acontecem destas notícias. Se queremos polícias decentes sejamos decentes para com eles.

Destaques V+