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Marcelo presta homenagem silenciosa a militar morto em missão no Mali

22 jun, 2017 - 18:12

Fernando Paiva Benido estava no Mali ao serviço da União Europeia e foi morto num ataque terrorista .

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Centenas de pessoas, entre as quais o Presidente da República, prestaram esta quinta-feira homenagem ao militar português morto no Mali, marcando presença nas cerimónias fúnebres realizadas em Campo, Valongo, de onde era natural.

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou a Valongo às 14h45, cerca de 15 minutos antes da hora prevista para o início das cerimónias, tendo-se dirigido de imediato para o átrio da Igreja Matriz de São Martinho de Campo.

Marcelo Rebelo de Sousa participou nas cerimónias fúnebres do sargento-ajudante Gil Fernando Paiva Benido, que integrava o contingente nacional na Missão de Treino da União Europeia no Mali, ao lado do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, e do presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, sempre em silêncio e sem prestar declarações aos jornalistas.

Centenas de pessoas juntaram-se à homenagem ao militar de 42 anos, casado e com duas filhas, que prestava serviço no Comando de Pessoal no Porto.

Nas cerimónias, que tiveram honras militares, também marcaram presença os chefes dos ramos militares e o presidente do Comité Militar da União Europeia, general Mikhail Kostarakos, o posto militar da União Europeia.

Na cerimónia no interior da igreja, onde o corpo do sargento-ajudante português esteve em câmara ardente com quatro militares a fazer-lhe guarda de honra, foi lida uma mensagem de António Francisco dos Santos, bispo do Porto.

No final, a urna coberta com a bandeira nacional foi levada para o cemitério de Campo, a cerca de 100 metros, ouvindo-se um coro de aplausos.

No exterior do cemitério um pelotão composto por militares de duas secções do Exército Português executou uma salva de 21 tiros.

Gil Fernando Paiva Benido integrava desde maio o contingente nacional na missão da União Europeia no Mali, sediada na capital, Bamako, e era adjunto do oficial de transmissões da força portuguesa.

O militar morreu devido a confrontos ocorridos no domingo “na sequência de um ataque de elementos rebeldes que provocou outras baixas entre elementos de outros contingentes”, segundo uma nota do Exército divulgada na segunda-feira.

Outros militares ficaram feridos, “incluindo um português”, que “já se encontra completamente recuperado”, referia a mesma nota.

Um inquérito “no sentido de esclarecer as circunstâncias que envolveram o ataque terrorista em Bamako” já foi instaurado, adiantou na segunda-feira o Estado-Maior das Forças Armadas.

O local onde ocorreu o ataque, Hotel Le Campement Kangaba, é reconhecido e autorizado pela Missão de Treino no Mali como “Wellfare Center” para recuperação e repouso entre os períodos de actividade operacional dos militares que prestam serviço naquele país.

A missão da União Europeia no Mali é uma missão de aconselhamento e treino das forças locais. Os militares portugueses, que participam na missão desde 2013, prestam acções de formação em tiro, aconselhamento em matérias relativas à constituição e organização das forças do Mali.

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