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"Ficará sempre um marco negro", diz autarca de Góis

22 jun, 2017 - 15:46

Presidente da junta de freguesia do Colmeal, em Góis, diz que grande parte do território ficou queimada e fala em “dias dramáticos”.

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Ricardo Conceição entrevista presidente da junta de Freguesia do Colmeal, Góis (22/06/2017)

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A aldeia do Colmeal foi das primeiras a ser evacuada quando o fogo de Góis se intensificou e alastrou. Passado o pior, o momento é de reflexão.

“Queremos que a normalidade aconteça hoje. Ainda não temos a lucidez suficiente, porque estes dias e estas noites, o sofrimento de ver a aflição das pessoas, a forma como tudo estava a decorrer…”, começa por comentar o presidente da junta, Carlos Jesus.

À Renascença, o autarca diz que “estas populações estão habituadas ao fogo, mas não ao fogo desta dimensão, desta grandeza e de uma forma tão rápida”. “Vamos ver o que vai ser, mas ficará sempre um marco negro”, conclui.

O fogo de Góis começou na segunda-feira e uniu-se ao de Pedrógão Grande, consumindo uma enorme extensão de área florestal.

“Penso que mais de 60% da área da união de freguesias do Cadafaz e do Colmeal está queimada”, antecipa. Mas trata-se de uma vasta área e a avaliação ainda não está terminada.

“Há aldeias afectadas, mas há aldeias que ficaram com tudo queimado à volta, como Carvalhal e Cadafaz”. E poderá haver uma ou outra casa mais isolada que poderá ter ficado destruída. “Foram dias dramáticos”, admite Carlos Jesus.

Quanto à resposta dada, o presidente da Junta de Freguesia do Colmeal deixa reservas. “É sempre difícil. Umas corresponderam ao que era o nosso desejo, outras nem tanto, mas compreendemos porque havia mais incêndios violentos. O incêndio de Pedrógão continuava a ameaçar populações e temos de levar isso em linha de conta”.

Por outro lado, juntaram-se ao combate “bombeiros do Algarve e do Alentejo", corporações que acompanhou "de perto e foram excepcionais no empenho e no trabalho”.

O fogo em Góis foi declarado dominado às 7h41 desta quinta-feira.

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